As eleições para governador do estado e a presidente foram em números recorde para este século e reverteram a tendência de redução do total de postulantes aos cargos executivos. São Paulo teve 13 candidatos a governador e 13 candidatos a presidente nas eleições que terminaram este dia 28.
Parte da explicação para o menor número de postulantes está em não haver franco favorito e no que parece ser a superação do dualismo PT e PSDB vigente desde 1994 no país e no estado.
MDB E PSDB– Americana deve chegar em 2020 com muitos nomes postulando ser cabeça de chapa e nenhum deles com votos suficientes para se arvorar puxar outras forças para si por conta da gravidade que o poder exerce. O governo do prefeito Omar Najar (MDB) ainda estuda se terá um candidato oficial. O PSDB sai fortalecido do resultado para governador e vai depender muito da força de Cauê Macris para agregar nomes ao projeto.
VEREADORES– Três vereadores hoje teriam condições eleitorais para ir para a disputa nesse cenário fragmentado. Giovana Fortunato (PCdoB) tem grupo forte por trás e mandato de médio pra bom. A nova cláusula de barreira deverá empurrá-la para outro partido. Welington Rezende (PR) teve bons números na eleição extraordinária de 2014 (22,3 mil votos) e se posiciona como dos poucos mandatos relevantes na Câmara. Surpresa nas urnas este ano, Odir Demarchi (PR) tem um partido com deputado nas redondezas e pode começar a andar.

PV, PDT E PT-  A derrota do deputado estadual Chico Sardelli e de Márcio França enfraqueceram muito o PV, partido que melhor articula hoje a política da prefeitura. Dois nomes do partido- Odair Dias e Thiago Martins– não escondem que têm projeto para sair a prefeito, talvez já em 2020. O PT talvez venha com Antonio Mentor ou outro nome para marcar posição, uma vez que a esquerda mostrou pouca força no pleito deste ano. O ex-prefeito Erich Hetzl Jr (PDT) teve boa campanha em 2016, mas precisa ser empurrado para a disputa. 
OUTSIDERS– Quase toda eleição em Americana, vários nomes outsiders são apresentados e depois vão ficando pelo caminho. O DEM tem hoje dois nomes cotados, o ex-vereador e empresário Oswaldo Nogueira e o advogado Zé Odécio. Um nome que não vai sair das rodas de conversa é o do empresário Ricardo Molina (PRB), que foi candidato a deputado federal este ano e montou estrutura grande na região. Com mais tempo, pode ir mais longe.
E O PSL?– Partido do presidente eleito e com a maior bancada de deputados no estado, o PSL é alvo de disputa em Americana. O ex-vereador Major Crivelari é próximo do senador eleito Major Olímpio e colocou seu filho Erick como presidente da legenda. Outras forças disputam com a família Criva e até um vereador vai tentar comandar o partido.