Depois de um acidente de trânsito provocado por um motorista que usava o aplicativo de bate-papo e ver nos cultos que preside, na Igreja Universal do Reino de Deus, fiéis com os olhos grudados no celular, o vereador Isnard Araújo (PR-BA) acha que o uso do app fugiu do controle: “?? algo além da febre, já virou vírus, uma dependência do povo brasileiro”.
O senhor já viu alguém com abstinência do app? A pessoa fica nervosa, desesperada, olhando o Whatsapp sem parar, doida para saber quem foi que falou e o que tem para responder. ?? algo além da febre, já virou vírus, uma dependência do povo brasileiro.
O senhor está em grupos no app ou se sente um pouco excluído porque ninguém o adicionou a um? Se houvesse mesmo um centro de recuperação para viciados em Whatsapp, eu certamente estaria nele. Fico no celular o dia todo, tenho uns 15 grupos. Chega mensagem às 4 da manhã. Haja paciência.
O que, afinal, há de mal no uso do Whatsapp? Ele é ótimo, mas deve ser usado de forma adequada. Por exemplo, quando se está dirigindo, em uma reunião ou durante uma conversa de família, é melhor deixar de lado.
Propõe também algum tipo de reabilitação para o vice-governador da Bahia, João Felipe de Souza Leão (PP) que, ao saber que estava na lista da Lava Jato, disse que estava “lálálá e andando” para a investigação? Proponho que ele se disponha a mostrar suas contas para a investigação, para provar que não deve nada. Isso se não deve mesmo. E seria melhor mudar a frase para zapeando e andando.
Como pastor evangélico, o senhor encaixa o ato de ficar no Whatsapp em que tipo de pecado? ?? falta de respeito com Deus e com quem quer prestar atenção ao culto. As pessoas deixam o telefone tocar alto, igual a trio elétrico. Tenho um projeto para proibir o uso do celular durante os cultos. Só ficar olhando o celular não me incomoda, até porque há aplicativos para ler a Bíblia.
Será que o aplicativo é mais interessante que os cultos? Se estiver monótono, abra o Whatsapp e olhe os grupos então; mas eu acho imprudente.