Em cerca de 30 dias de trabalho, a Vigilância em Saúde de Nova Odessa, através das equipes do Setor de Zoonoses, retirou 53 caminhões lotados de objetos inservíveis e toda espécie de entulho, móveis velhos, pneus e diversos outros itens que podem servir como criadouro para o mosquito Aedes aegypti e animais peçonhentos, de diversos bairros. Nesta segunda-feira (22), os trabalhos contra a dengue seguem no Jardim Santa Rita 2, onde está sendo feito o bloqueio químico, com a aplicação de inseticida (nebulização).
Na última semana, o trabalho ficou concentrado nas regiões atingidas pelos últimos casos de dengue: Bela Vista, Fadel, São Manoel, Santa Rosa e Santa Luiza 2, onde 428 imóveis foram vistoriados para o bloqueio de controle de criadouros, conhecido como BCC, busca ativa de doentes e sintomáticos (pessoas com suspeita da doença) e também coleta de larvas para mapeamento da doença no município. Durante a ação, 26 proprietários foram notificados por terem criadouros com larvas em seus quintais.
Para o secretário de Saúde, Vanderlei Cocato, o trabalho dos agentes novaodessenses de combate à dengue é exemplar e um referencial na região. Segundo Cocato, essa é causa de os dados não terem disparado. “Nossos agentes vão à luta mesmo, entram nas residências, notificam quem tem que notificar e colocam a mão na massa. Se tem que carregar entulho, criadouros ou outros objetos, eles também carregam”, destaca o secretário. “São incansáveis”, resume.
Nas ruas para ações, a equipe da Saúde tem sido bem recebida pela população. “O que ainda nos surpreende negativamente é a quantidade de objetos encontrados nos quintais”, destaca a responsável pelo Setor de Zoonoses, veterinária Paula Faciulli.
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Paula Mestriner, apesar do município não ter registros das demais doenças transmitidas pelo mosquito (febre amarela, zika ou chikungunya), os números da dengue estão aumentando. “Registramos 198 notificações, com 50 casos confirmados. Destes, 73 são negativos e outras 75 pessoas aguardam resultado”, contabiliza.
De acordo a coordenadora da Vigilância em Saúde, Adriana Welsch Ferraz, essa espécie de “faxina” serve, ainda, para coibir a proliferação de animais peçonhentos como escorpiões e aranhas. “?? sempre bom lembrar que esses bichos gostam de habitar em locais escuros, quentes e úmidos. Na cidade, são encontrados em locais com entulhos, pedras, madeiras, dentro de sapatos, caixas e outros”, avisa.
As equipes de agentes de endemias e saúde já realizaram verdadeiras “varreduras” no Condomínio Imigrantes e Residencial das Árvores, bem como nos bairros São Jorge, São Francisco, Terra Nova, Santa Luzia 1, Nossa Senhora de Fátima, Triunfo, Mathilde Berzin, Jardim Planalto, Parque Fabrício, Jardim Eneides, Industrial Harmonia, Industrial Recanto, Jardim Marajoara, Novos Horizontes, Residencial Klavin, Altos do Klavin, Jardim Capuava, Monte das Oliveiras, Alvorada, Vila Azenha e Jardim das Palmeiras.