Um estudo elaborado pela Strategy&, consultoria estratégica da PwC, mostra que o WhatsApp, o Viber e o iMessage da Apple representam cerca de 80% de todo o tráfego de mensagens ??? e o Skype mais de um terço do tempo de tráfego de voz internacional. O estudo revela queda de até 30% nas mensagens SMS, 20% na voz internacional e 15% de roaming. O aumento da concorrência no setor de Telecomunicações resultou em um declínio acentuado na receita média por usuário das empresas.

A maior parte das empresas de telecomunicações não consegue monetizar a quantidade de dados que passam por suas redes, restringindo sua capacidade de reinvestimento e novos upgrades e serviços digitais. Ao mesmo tempo, muitas operadoras tentam oferecer uma ampla variedade de serviços aos seus clientes, não conseguindo se destacar em nenhum desses serviços. Estão, agora, vulneráveis ??????à concorrência, destaca o estudo.
“Para superar esse cenário, é necessário desenvolver um programa de modernização das operações e redefinir a identidade estratégica, ou seja, o que a empresa espera oferecer aos clientes em cinco ou 10 anos a partir de hoje”, afirma Alberto Silva, consultor da Strategy&, que indica como ponto de partida escolher os negócios onde a empresa possui vantagem competitiva e concentrar a estratégia sobre eles.
O estudo cita empresas que tiveram sucesso em suas iniciativas, como a francesa Free Mobile, uma subsidiária da Ilíada, que simplificou a oferta de serviços a clientes ao lançar, em 2012, um modelo de negócios simples e básico ??? quiosques de atendimento aos clientes colocaldos em locais de varejo para evitar o gerenciamento e a sobrecarga de uma grande rede de lojas; marketing e atendimento ao cliente baseados na internet. Desde o seu lançamento, a empresa aumentou sua base de assinantes para mais de 12 milhões. Agora tem uma participação de 18% do mercado móvel na França.
Dentre as diversas ações sugeridas pelo Telecommunications Trends, destaca-se a possibilidade de as empresas do setor de Telecomunicações atuarem no mercado de Fusões e Aquisições, como forma de se reposicionar no mercado e/ou entrar em novos mercados. De acordo com a base de dados Capital IQ (ferramenta de capital markets que traz um compêndio de transações de fusões e aquisições entre empresas), as empresas de telecomunicações gastaram US$ 224 bilhões em fusões e aquisições em 2016, um aumento de 137% em relação ao ano anterior. “Muitas das maiores transações nos últimos anos envolveram empresas comprando rivais dentro da indústria de telecomunicações para incrementar escala, esperando ganhar quota de mercado e sustentar preços”, diz Silva.