O soldado americano que foi condenado ontem a 35 anos de prisão por vazar documentos secretos do governo dos EUA para o site WikiLeaks, Bradley Manning, anunciou nesta quinta-feira, 22, que deseja viver como mulher pelo resto da vida, inclusive durante o período em que estiver preso.
Apesar de já ter assumido sua homossexualidade para um psicólogo do Exército durante o julgamento, Manning revelou o desejo através de um comunicado que foi lido por seu advogado e durante o programa Today, da emissora NBC. “Eu quero que todos saibam o meu verdadeiro eu. Eu sou Chelsea Manning. Eu sou uma mulher. Dado o jeito como me sinto, e como me sinto desde criança, eu quero começar terapia com hormônios o mais rápido possível”, informou.
Ele também fez um pedido especial à imprensa. “Eu peço que, começando hoje, vocês passem a se referir a mim usando meu novo nome e o pronome feminino”, completou. Na carta, Manning também agradeceu o apoio recebido nos últimos anos. “Ao longo deste longo calvário, as cartas de apoio e de encorajamento me ajudaram a me manter forte”. Com 25 anos, ele está preso desde maio de 2010.