A Câmara de Sumaré aprovou uma moção de apelo ao governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), cobrando a nomeação de uma delegada titular na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), para minimizar o constrangimento de vítimas de ameaça, estupro ou violência doméstica na cidade, durante o registro do crime. O documento foi apresentado pelo vereador Willian Souza (PT) e aprovado por 19 votos.
“A Delegacia da Mulher é de responsabilidade do Estado e o governador não pode ser omisso com as mulheres que passam por este tipo de situação traumática. Além da falta de estrutura física necessária para atender adequadamente as vítimas, a DDM de Sumaré não funciona à noite e aos fins de semana, e o que é pior, tem um homem como delegado. O doutor Elias tem todo meu respeito, mas precisamos mudar essa realidade”, comentou o vereador, em referência ao delegado Elias Kobayashi, responsável também pelo 2º Distrito Policial do município.
Em resposta a um ofício do vereador, a Prefeitura informou ter custeado quase R$ 107 mil na DDM de Sumaré em 2016, com despesas de água, energia, locação do imóvel e salários de servidores. “A delegacia tem sete funcionários, sendo que quatro deles são pagos pela Prefeitura. Já passou da hora do governador assumir sua responsabilidade”, disse o parlamentar.
Segundo dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado de São Paulo, a DDM de Sumaré instaurou apenas 305 inquéritos policiais em 2016, o que significa cerca de 7% dos casos registrados na unidade policial. Também houve aumento de 580% nos casos de estupro na cidade, pulando de 10 casos em 2015 para 68 casos no ano passado.
