A proposta que visa regulamentar a atividade do Uber em Americana foi discutida nesta segunda-feira em audiência pública na Câmara Municipal com a presença de aproximadamente 60 pessoas. Dessas cerca de 10 não eram taxistas. 
O projeto apresentado por Marschelo Meche (PSDB) e Guilherme Tiosso (PRP) estabelece uma série de exigências para que os motoristas do aplicativo atuem em Americana. Os requisitos se igualam aos já cumpridos pelos taxistas como o pagamento de impostos e identificação dos veículos.
A falta da participação da população foi criticada não só por representantes dos taxistas mas também pelo vereador Thiago Martins (PV) que já se posicionou contra a proposta. “Falta vereadores, aqui estamos em apenas cinco. Falta a população, falar pelo Facebook é fácil”, disse Martins.  
Co-autor do projeto, Tiosso adotou o discurso pela regulamentação rígida do Uber e que suas atividades não podem “invadir Americana de maneira desordenada”. 

Já o idealizador da proposta, Meche ainda se mantém animado e afirmou que não desistirá da ideia. “Agora o andamento é dar continuidade nesse projeto, fazer as mudanças necessárias para não prejudicar também a classe dos taxistas. Queremos regulamentar para que a cidade lucre com isso também”, concluiu o vereador.
Taxistas falam em concorrência desleal, os perigos que a ‘facilidade’ de ser um motorista do Uber oferece à população além de acusar o aplicativo de “pirâmide”. 
Defensores do Uber reclamam, principalmente, dos preços praticados pelos taxistas e defendem os avanços na mobilidade urbana da cidade.   
Além de Tiosso, Meche e Martins, participaram também os vereadores Juninho Dias (PMDB) e Welington Rezende (PRP).