Americana vai ter um sistema que irá agilizar o fluxo no pronto-socorro do Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi”. O termo de cooperação para a implantação foi assinado pelo secretário de Saúde, Gleberson Miano, em reunião com a presença do secretário de planejamento da Prefeitura, Cláudio Rodrigues Amarante, da consultora de negócios da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), Talita Pinotti e do gerente de comunicação corporativa da empresa ToLife, Felipe de Oliveira Carvalho. 

A empresa ToLife, especializada em soluções tecnológicas com ênfase em classificação de risco clínico e organização de fluxo de pacientes, será responsável pela implantação do sistema Trius® que, segundo Carvalho, deverá acontecer em 45 dias e não terá nenhum custo para a Prefeitura. Trata-se de uma parceria com a CPFL, num programa de cunho social junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em razão de empréstimos contraídos pela companhia com a instituição financeira, o chamado Subcrédito Social BNDES. “Esse é um dos programas em que a CPFL atua na área social, como contrapartida”, esclareceu Talita. Ela adiantou que o sistema terá validade de 12 meses e que os municípios contemplados são escolhidos por meio de alguns critérios. “A adimplência da prefeitura junto à CPFL foi um dos fatores determinantes para Americana ser escolhida”, justificou. Se fosse comprar hoje o sistema, a prefeitura teria que desembolsar R$ 144.984,31, equivalente ao valor global, desde a fase de implantação até a operacionalização com avaliação dos dados.
O representante da ToLife disse que o planejamento da classificação de risco para o HM se deu sobre estimativa de 300 atendimentos diários no pronto-socorro e que a meta será classificar um paciente em até 1,5 minuto. Hoje o tempo para a triagem está entre cinco e dez minutos. O Trius® se assemelha a um computador, que tem acoplado medidores de glicose, oxímetro, termômetro timpânico e aparelho de pressão, o que facilita os procedimentos do enfermeiro durante a classificação. “O objetivo é reduzir ao máximo a fila de espera com implantação de equipamento específico e treinamento do pessoal da enfermagem”, esclareceu Carvalho. 
A empresa agora irá agendar uma capacitação para os profissionais de enfermagem que atuam no pronto-socorro e depois fará o monitoramento para avaliação das informações. A ToLife também fará um trabalho de comunicação interna e externa, visando orientar os usuários.
Para Gleberson Miano, a proposta é muito bem vinda, já que não haverá nenhuma despesa adicional para a Secretaria de Saúde. “Os profissionais do Hospital já realizam uma classificação de risco muito eficiente, mas o sistema irá auxiliá-los a melhorar ainda mais a capacidade no atendimento”, disse o secretário. 
A classificação de risco é feita de acordo com o Protocolo de Manchester que consiste na triagem sobre as condições clínicas dos pacientes nas unidades de urgência e emergência, considerando as cores: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul, sendo o vermelho representando os casos mais graves (emergência) e o azul os de menor gravidade, que podem aguardar mais tempo para o atendimento, em detrimento aos mais urgentes.