Artigo: Reencontro do país com a esperança

Política crítica,

Artigo: Reencontro do país com a esperança

25 de abril de 2016

O prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, aprovado dia 17 de abril pela Câmara Federal com 367 votos, reflete a voz que vem das ruas. ?? o reencontro do país com a esperança de dias melhores, seja para um futuro breve ou para o futuro das próximas gerações. Queremos ver o Brasil sair da crise. O processo seguiu agora para o Senado e há todo um rito a ser cumprido. No mês de maio os senadores votam pela aprovação ou não da abertura do impeachment. Se for aprovado, a presidente será afastada por 180 dias enquanto as ações continuam no Senado até o julgamento em plenário. 

A situação não é simples e teremos ainda muitos momentos difíceis e conturbados. A presidente está no poder, mesmo sem legitimidade, depois da decisão da Câmara Federal e da vontade de mudança expressa pela população brasileira. 
Toda a bancada do Partido Verde na Câmara Federal votou pelo impeachment. Nos votos dos deputados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste houve a maior concentração percentual a favor do pedido de afastamento da presidente. O Centro-Oeste teve 82,92% dos votos favoráveis; o Sul, 80,51%; e o Sudeste, 78,21%. Nos Estados com maiores colégios eleitorais, os números também são interessantes: em São Paulo (81,43% sim e 18,57% não), Minas Gerais (77,36% sim e 22,64% não), Rio de Janeiro (75,56% sim e 24,44% não) e Rio Grande do Sul (73,33% sim e 26,67% não). 
A repercussão da situação atual do Brasil é negativa inclusive na mídia internacional. O país está estagnado, as famílias sofrendo com aumento da inflação, preços mais altos nos supermercados, aumento de combustível, de energia e milhões de desempregados. ?? lamentável ver empresas reduzindo a produção, diminuindo número de funcionários e, o pior, muitas indústrias fechando as portas. O comércio também está parado. 
Há um clamor que vem das ruas por justiça, pelo combate à corrupção e à impunidade, e pela ética na política. Os discursos da maioria dos deputados federais durante a votação, favoráveis ao impeachment, causaram indignação e descontentamento em quem assistia a sessão, mas a insistência dos contrários ao processo, apoiadores de Dilma, em falar em golpe, também é equivocada e vergonhosa. 
Ainda que questionável o fato de que ficarão à frente do país o vice-presidente Michel Temer, o presidente da Câmara Eduardo Cunha e Renan Calheiros, pelo envolvimento em denúncias, espero que o novo governo, se aprovado o processo pelo Senado, dê tranquilidade política e econômica ao Brasil, com ações que promovam a retomada do crescimento, a criação de vagas de empregos, para que o nosso povo possa voltar a sonhar. 

** Chico Sardelli é deputado estadual pelo Partido Verde

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25 de abril de 2016

O prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, aprovado dia 17 de abril pela Câmara Federal com 367 votos, reflete a voz que vem das ruas. ?? o reencontro do país com a esperança de dias melhores, seja para um futuro breve ou para o futuro das próximas gerações. Queremos ver o Brasil sair da crise. O processo seguiu agora para o Senado e há todo um rito a ser cumprido. No mês de maio os senadores votam pela aprovação ou não da abertura do impeachment. Se for aprovado, a presidente será afastada por 180 dias enquanto as ações continuam no Senado até o julgamento em plenário. 

A situação não é simples e teremos ainda muitos momentos difíceis e conturbados. A presidente está no poder, mesmo sem legitimidade, depois da decisão da Câmara Federal e da vontade de mudança expressa pela população brasileira. 
Toda a bancada do Partido Verde na Câmara Federal votou pelo impeachment. Nos votos dos deputados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste houve a maior concentração percentual a favor do pedido de afastamento da presidente. O Centro-Oeste teve 82,92% dos votos favoráveis; o Sul, 80,51%; e o Sudeste, 78,21%. Nos Estados com maiores colégios eleitorais, os números também são interessantes: em São Paulo (81,43% sim e 18,57% não), Minas Gerais (77,36% sim e 22,64% não), Rio de Janeiro (75,56% sim e 24,44% não) e Rio Grande do Sul (73,33% sim e 26,67% não). 
A repercussão da situação atual do Brasil é negativa inclusive na mídia internacional. O país está estagnado, as famílias sofrendo com aumento da inflação, preços mais altos nos supermercados, aumento de combustível, de energia e milhões de desempregados. ?? lamentável ver empresas reduzindo a produção, diminuindo número de funcionários e, o pior, muitas indústrias fechando as portas. O comércio também está parado. 
Há um clamor que vem das ruas por justiça, pelo combate à corrupção e à impunidade, e pela ética na política. Os discursos da maioria dos deputados federais durante a votação, favoráveis ao impeachment, causaram indignação e descontentamento em quem assistia a sessão, mas a insistência dos contrários ao processo, apoiadores de Dilma, em falar em golpe, também é equivocada e vergonhosa. 
Ainda que questionável o fato de que ficarão à frente do país o vice-presidente Michel Temer, o presidente da Câmara Eduardo Cunha e Renan Calheiros, pelo envolvimento em denúncias, espero que o novo governo, se aprovado o processo pelo Senado, dê tranquilidade política e econômica ao Brasil, com ações que promovam a retomada do crescimento, a criação de vagas de empregos, para que o nosso povo possa voltar a sonhar. 

** Chico Sardelli é deputado estadual pelo Partido Verde

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