?? quase consenso entre analistas que no futuro o carro próprio vai acabar ou diminuir muito. A economia compartilhada chegou à mobilidade urbana e parece fazer mais sentido para as novas gerações, que têm prioridades diferentes das anteriores. Para se ter uma ideia, segundo pesquisa feita pelo Denatran, o número de habilitações no país caiu 53% entre 2013 e 2015; é claro que, além do interesse em si por dirigir, fatores como custos para se adquirir e manter um carro têm um peso importante nessa equação, entre os quaisestacionamento e garagem ??? o Plano Diretor da cidade de São Paulo aprovado em 2014, por exemplo, encarece os apartamentos com vagas. Os desincentivos ao transporte individual tal qual o conhecemos hoje parecem ser tendência de políticas públicas, e é natural que com isso os preços para se adquirir e manter um carro aumentem.
VEJA INFOGRÁFICO

?? nesse contexto que as alternativas vêm à tona, contrapondo principalmente aluguel e os já populares apps de compartilhamento de carros. Sua vantagem consiste no fato de que os custos fixos ??? IPVA, seguro, manutenção, DPVAT ??? e alguns variáveis são na prática rateados entre todos os usuários, e “paga-se o quanto se usa”. Mas quais os limites dessa conta?

Apps x aluguel

A variável chave é a distância que se percorre por viagem, assim como o nível de luxo do carro. O infográficointerativo da plataforma de descontos Cuponation mostra que, caso se percorram 30 quilômetros ou mais, vale a pena alugar um carro (categoria econômica) em vez de usar o aplicativo. Caso se deseje um pouco mais de conforto, em nível intermediário, a distância percorrida do “breakeven” se dá a partir de 42 quilômetros. Para carros mais luxuosos, no entanto, o aluguel só é mais vantajoso a partir dos 62 quilômetros. Para os cálculos acima, foi admitida uma velocidade média de 20 km/h, comum em grandes cidades em horários de trânsito ??? a velocidade faz diferença porque o aplicativo modelo usado para as estimativas considera um custo por minuto.

Alugar carros, nesse contexto, pode fazer mais sentido quando se vai viajar para longe. Uma viagem para uma cidade a 300 quilômetros de distância feita em modo econômico (categoria econômica do app e carros mais baratos no aluguel por 1 dia) e a 120 km/h, por exemplo, custaria por volta de R$ 180 reais no aluguel e R$ 460 com app, uma diferença de 2,5 vezes.

Importante ressaltar também que, dentro da categoria do aluguel, o custo total sai tão menor quanto maior o número de dias que se alugar o automóvel. Por exemplo, para cada 20 quilômetros rodados num carro popular, a diferença entre alugar um carro por 30 dias e 1 dia é de R$ 33; isso significa uma economia de quase R$ 1.000 em um mês. Caso se pretenda alugar um carro, portanto, é necessário planejar com cuidado os dias nos quais o automóvel será necessário e fazer as contas, de modo a não alugar várias vezes por tempos menores. Ainda que não se pretenda usá-lo todos os dias, alugar um carro por mais tempo pode se mostrar vantajoso. Para visualizar a pesquisa completa, confira o infográfico interativo no link.

A regra geral parece ser a de que, para deslocamentos menores (como dentro da cidade), os apps tendem a ser mais vantajosos que o aluguel. Mas é sabido que outros fatores subjetivos, como gosto pela direção e autonomia, podem entrar nessa conta. Para viagens mais longas, o aluguel é inegavelmente mais vantajoso. De todo modo, a economia compartilhada é tendência e isso vem se mostrando mais real do que nunca nos deslocamentos nas cidades.