A vitória do Manchester United na Liga dos Campeões, em 2008, acabou por coincidir com a mudança de paradigma na entrega da Bola de Ouro. Foi nesse ano que entrámos numa nova era onde a disputa pelo principal troféu individual a que milhares e milhares concorrem se passou a resumir apenas a dois extraterrestres. E é assim há uma década ??? por mais que todos os humanos façam coisas paranormais ao longo da época, o prémio gravita sempre à volta de Ronaldo e Messi. Dez anos depois, não é assim. Porque os deuses do futebol mundial foram mais humanos, porque os humanos conseguiram subir quase a deuses. Numa sensação que todos tinham esquecido, chegamos a julho e ninguém sabe quem vai ganhar.
Depois da separação com a Bola de Ouro entregue pela France Football, em 2015, a FIFA passou a distribuir o que denomina de ???The Best??? e fez questão de explicar nessa altura que o prémio para o melhor jogador, atribuído em outubro, pretendia destacar o que tinha sido feito ao longo da temporada. Ou seja, de agosto a junho/julho. Até pormenorizou as razões dessa nova baliza: facilitar os critérios de avaliação; beneficiar a regularidade numa época e não a imagem dos últimos meses. ?? por isso que o reinado do português e do argentino está, no mínimo, ameaçado. E, segundo a Marca, por cinco a sete nomes que, desta vez, aspiram a mais do que lutar pelo último lugar do pódio, algo que aconteceu apenas em 2010, quando Iniesta e Xavi se juntaram a Messi no seguimento de um ano de sonho não só ao serviço do Barcelona mas também da seleção espanhola. Ainda assim, parece não haver dúvidas que Ronaldo e o ???10??? da Argentina e do Barça continuarão no top 3.