Dança, textos, desenhos, artesanatos, brincadeiras, comidas, arte e a contribuição dos povos africanos e indígenas estão representadas na Mostra Cultural, “Trançando Culturas: A Cor do Brasil” acoonteceu na noite desta sexta-feira (30) no Ciep Jaguari.

“A mostra fala de duas culturas: a africana e a indígena. Elas foram muito importantes na formação de nosso povo. O objetivo foi colocar tudo que era referência na dança e na arte para exaltarmos a cultura desses povos”, disse a professora de Arte Educação do Ciep, Miriam Martins.

Outras duas professoras organizadoras do evento, Ana Stein (professora de Arte Educação) e Sandra Stock (professora de Educação Física) ressaltaram que outro objetivo era deixar transparecer tudo o que é bonito na contribuição deles como a alegria e as cores. “Trabalhamos com os alunos sobre o amor a diversidade. Falamos que a falta de conhecimento gera preconceitos”, disse Ana.

Os alunos fizeram uma visita ao Museu Afro, em São Paulo. Segundo a professora Sandra o intuito era buscar inspiração para a criação dos trabalhos. “Não tínhamos a intenção de retratar a parte triste da história deles. Queríamos exaltar e valorizar a cultura. A inspiração trazida do Museu reproduziu na participação dos alunos em todo o processo de construção da mostra como as coreografias, os desenhos e as outras ideias”, disse a professora. “Conseguimos sair da mesmice, do estereótipo, pesquisamos para realmente poder conhecer a história.”

As salas dos Cieps reproduziam a motivação dos gestores, professores, alunos e funcionários. Salas Brasil Indígena e Afro estavam estampadas de desenhos, alegorias e artesanato. Na Sala de Arte estavam os Contos Africanos, com desenhos de alunos com imagens de Xangô, Oxum, Ogum, Iemanjá, Oxóssi, entre outros. Na sala de alimentação, mudas de milho, culinária indígena e africana (feijoada, canjica, etc); uma mesa com coco, manga, pinha, urucum e temperos. Na sala de linguística havia produção de escritas e produção de notícias. Os alunos transformaram lendas em notícias de jornal. Maquetes de aldeias e mitos e lendas do folclore.

“Nosso intuito era conhecer as culturas para respeitá-las. A partir desse pressuposto iniciamos todas as atividades com os alunos. A importância da comunidade participar de nossa mostra é compartilhar o conhecimentos desses povos e poder acompanhar os trabalhos que seus filhos produziram “, disse a diretora do Ciep, Edilma Scomparim.

“Se antes já éramos encantadas com essa cultura, o conhecimento nos trouxe a paixão” afirmou Sandra. “Acredito que conseguimos desconstruir muitos tabus e preconceitos quando citamos a arte e a cultura”, A professora deseja que alunos e comunidade tenham também este olhar diferenciados por esses povos. “Hoje em dia é muito difícil respeitar as características individuais. Os trabalhos vão ajudar a entender”, finalizou.