O secretário municipal de Saúde, Gleberson Miano, esteve na quinta-feira (6) em São Paulo, na sede do TCE (Tribunal de Contas do Estado), para participar do “Simpósio Sobre Judicialização da Saúde e o Impacto no Planejamento Orçamentário”, cujo tema teve como público-alvo prefeitos e secretários de Saúde dos municípios paulistas. Compareceram ao evento aproximadamente 400 convidados, entre prefeitos, secretários municipais de saúde, procuradores, juízes, promotores e técnicos das áreas de Saúde e Justiça.  
O secretário-adjunto da Saúde do Estado de São Paulo, Alberto Hideki Kanamura foi quem abriu a sessão de palestras, apresentando o panorama da judicialização da Saúde no estado. Em seguida, o juiz de direito do Tribunal de Justiça de São Paulo e professor da Faculdade de Direito da USP, José Maurício Conti discorreu sobre a judicialização e o aspecto orçamentário. Fechando o período da manhã, os prefeitos de Mogi Guaçu, Walter Caveanha e o da cidade de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, apresentaram a situação vivenciada pelos respectivos municípios na questão da judicialização.
No período da tarde foram apresentados dois painéis de discussão, sendo o primeiro com o defensor público do estado de SP, Edgar Pierini Neto e a juíza de Direito, do Tribunal de Justiça de SP, Maria Isbael Romero Rodrigues Henriques. Já o segundo painel contou com a presença do procurador de justiça do Ministério Público de SP e também conselheiro do Conselho Nacional de Justiça, Arnaldo Hossepian Salles Lima Junior, o promotor de justiça do Ministério Público de SP, Arthur Pinto Filho e da juíza de Direito do Tribunal de Justiça de SP, Cynthia Thomé.
“Os municípios têm sofrido uma grande carga em virtude dessa demanda judicial, e nós estamos procurando uma maneira de amenizar isso sem deixar a população desassistida. Nós temos que garantir o acesso ao direito das pessoas, porém nós não podemos desvirtuar o orçamento municipal, que já é tão escasso”, esclareceu Gleberson.
O evento serviu para mobilizar os entes públicos envolvidos diretamente na condução dos processos judiciais para a obtenção de serviços na área da saúde, que têm crescido de forma alarmante nos últimos anos. Os debates possibilitaram a troca de informações e a sensibilização do poder Judiciário sobre o quanto os municípios têm sido onerados em seus orçamentos para atender diariamente a avalanche de ações judiciais, das quais muitas delas caberiam aos Estados e ao Governo Federal essa responsabilidade.