Mesmo que lenta e gradual, é possível notar uma pequena recuperação no índice do consumo brasileiro. Uma avaliação do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), indica que o consumo deve sofrer uma leve melhora neste 2º semestre, mas para o ano não deve superar a marca dos 2%. Esse resultado interfere diretamente no Produto Interno Bruto (PIB), que, ainda segundo o Instituto, tem estimativa de apenas 1% ou menos de crescimento.

Segundo Claudio Felisoni de Angelo, economista e presidente do IBEVAR, o consumo representa mais de 60% do PIB, sendo um item determinante neste percentual. ???Diante deste cenário, as incertezas que permeiam a sociedade, dentre elas a reforma da previdência, contribuem para essa paralisação no crescimento do PIB???, avalia o economista.

O crescimento do consumo é determinado por três variáveis, sendo elas a renda real, ou seja, a renda nominal descontada a inflação, a taxa de juros ou financiamento ao consumo, prazos de pagamento e nível de emprego, e, por fim, a confiança do consumidor. ???A taxa de juros caiu de modo significativo, quase 20p.p., mas os outros fatores ainda podem implicar em uma queda sistemática no índice do consumo brasileiro???, finaliza Felisoni.