Um aplicativo para ajudar mulheres em casos de assédio e violência, desenvolvido por alunas da Escola Técnica Estadual (Etec) de Hortolândia, venceu o Demoday que encerrou o Programa Pense Grande. O evento foi realizado na sexta (27), na sede do Centro Paula Souza (CPS), na Capital.
O Girl Power-GP é uma ferramenta com um dispositivo que alerta uma central sobre possível ato violento ou de assédio. Além disso, a plataforma oferece um mapa com pontos de risco e uma área para depoimentos.
O segundo lugar ficou com o projeto MedOi, da Etec Professora Maria Cristina Medeiros, de Ribeirão Pires. O trabalho consiste na criação de um aplicativo que armazena todo o histórico médico do paciente e pode ser acessado por qualquer profissional. A terceira colocação foi para o grupo de alunas da Etec Irmã Agostina, localizada na zona sul da Capital. O app Refuge Safe visa ser um canal para que doações de interessados em auxiliar refugiados cheguem a organizações não-governamentais que trabalham com esse público no Brasil.
As primeiras colocadas ganharam ingressos para o Wired Festival Brasil, evento de ciência e tecnologia que ocorre em dezembro no Rio de Janeiro. O grupo recebeu, também, um carrinho de madeira equipado com livros, tablet e projetor para ser usado pela Etec. Os alunos e a professora que ficaram na segunda colocação conquistaram uma mentoria online sênior oferecida pela Impact Hub. Já os classificados em terceiro lugar obtiveram um curso online de empreendedorismo.
Etapa Final
Dez projetos chegaram à final. Partindo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), os estudantes criaram trabalhos que foram demonstrados em pitches de cinco minutos. O júri, composto por empresários, professores e investidores, escolheu os melhores com base em cinco critérios: inovação, uso da tecnologia, sustentabilidade, impacto socioambiental e a apresentação do pitch.
O Pense Grande é uma parceria do Centro Paula Souza (CPS) com a Fundação Telefônica Vivo e com a consultoria da Impact Hub. Pela primeira vez, foi realizado por meio de professores multiplicadores, que passaram por uma capacitação e aplicaram a metodologia nas salas de aula. Cerca de 2,9 mil alunos receberam oficinas e mentoria nas unidades do Paula Souza, orientados, ao todo, por 86 educadores capacitados. Na primeira fase do desafio, realizada no primeiro semestre, foram apresentados 130 projetos.