O Setor da construção civil da Região Metropolitana de Campinas (RMC) ??? que engloba obras públicas e privadas – fechou dezembro de 2019 com 714 demissões. No ano, o saldo foi de 1.940 empregos gerados, interrompendo seis anos de quedas seguidas, iniciado em 2013. No período de 2010 a 2019 o segmento fechou 4.233 postos com carteira assinada, segundo levantamento realizado pela Associação das Empresas do Setor Imobiliário e da Habitação de Campinas e Região (Habicamp)
Segundo os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, divulgados nesta sexta-feira, em dezembro do ano passado o setor da construção civil na região admitiu 1.154 pessoas e demitiu 1.868 trabalhadores, resultando no saldo negativo de 714 postos eliminados
Dos 20 municípios que compõem a RMC, 13 tiveram saldo negativo de empregos, com destaque para Campinas (197 demissões), Indaiatuba (- 187) e Sumaré (-109). Seis fecharam o mês com saldo positivo e um ??? Artur Nogueira ??? com saldo zero. (Veja quadro abaixo)
Em relação ao acumulado nos doze meses do ano passado, somente Hortolândia (228), Paulínia (283) e Santo Antonio de Posse (15) fecharam no vermelho, com o numero de demissões superando as contratações. Campinas foi a cidade que registrou o melhor saldo de janeiro a dezembro, com a abertura de 1.219 vagas.
EM DEZ ANOSAo longo dos últimos dez anos, quando o Brasil enfrentou uma forte recessão, que paralisou obras públicas e privadas, somente em quatro anos o setor registrou saldo positivo entre contratações e demissões: 2010 (3.664), 2011 (4.107), 2012 (898) e 2019 (1.940).
Entre 2013 e 2018, em meio à paralisia de obras públicas e a falta de lançamentos imobiliários, o setor mais demitiu que contratou, gerando um saldo negativo de 14.842 vagas diretas eliminadas.
Entre admissões e demissões no acumulado dos dez anos, o saldo foi de 4.233 postos de trabalhos fechados.
BALAN??OO Presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho, comemora os números de dezembro do ano passado e do acumulado de 2019. “Assim como os outros setores, passamos por um longo período de recessão, resultando em paralisação do mercado, demissões em massa e queda na geração de renda e impostos”.
“Em 2019, com a estabilidade de volta, queda das taxas de juros e a retomada do crédito para financiamento imobiliário, os empresários voltaram a investir, lançar empreendimentos e, consequentemente, a gerar empregos em um setor que é vital para a economia”, afirma o executivo. “A cada vaga direta, a construção gera outras 4,5 indiretas, injetando dinheiro no mercado e fazendo a economia de vários setores, como materiais, eletroeletrônicos, financeiro e a própria indústria automobilística a andar”.
Para ele, as condições do mercado permitem projeções animadoras para os próximos anos. “O mercado voltou a crescer de forma sustentada em 2019. Para 2020 nossa expectativa, realista, é de um aumento de 2% no setor, embora este número possa ser superado dependendo do que acontecer no primeiro semestre”