Já disse em artigo que o presidente Jair Bolsonaro não é um fanfarrão. Ao contrário. Suas falas, posturas públicas e de gabinete dizem exatamente como ele está pavimentando o caminho do fascismo no Brasil.
E seu pronunciamento diante da pandemia do Covid-19 é mais um ingrediente dessa receita indigesta que, propositalmente, ele prepara. Pedir à população que volte à rotina e que crianças voltem às aulas desautoriza todas as iniciativas preventivas tomadas por governadores e prefeitos, coloca-se como chefe supremo e joga a população para o risco da exterminação em massa.
Ainda, sorrateiramente suspender prazos (MP 928) para respostas pela lei da transparência pública abre brechas para a corrupção e garante o silêncio do governo acerca de seus atos.
Irresponsabilidades e ações calculadas e que têm o objetivo claro de domínio social, econômico e político. Se Jair Bolsonaro continuar encontrando facilidades dentro das instituições que aí estão para fiscalizá-lo e proteger nossa Constituição, o destino da Nação será o da volta dos anos de chumbo, dos anos de silêncio e de morte. O país precisa tomar consciência de que não temos um trapalhão na Presidência, temos um cirurgião meticuloso que calcula cada ação com o objetivo de dar vida ao monstro que trabalha para criar.
Márcia LiaDeputada estadual