Permanecer sem fraturas – A osteoporose afeta homens e mulheres, geralmente, após os 50 anos. De acordo com a IOF (International Osteoporosis Foundation), a doença é responsável por uma fratura a cada 3 segundos em todo o mundo. E durante a pandemia, com o distanciamento social, acidentes domésticos e diminuição no ritmo do acompanhamento médico podem agravar a situação da patologia.
“Os pacientes não reconhecem a osteoporose como uma doença crônica e acabam tendo fraturas sem obter o diagnóstico e sem acompanhamento adequado. Neste momento de COVID-19, o grupo de risco que está em casa, pode se fraturar sem ter conhecimento da patologia ou, até mesmo aqueles que já tem o diagnóstico, deixarem de seguir as recomendações médicas por medo ou dúvida” afirma Ben-Hur Albergaria, ginecologista e vice-presidente da Comissão Nacional de Osteoporose da FEBRASGO.
É fundamental que os pacientes tomem cuidados simples como deixar os ambientes da casa livre de obstáculos para evitar quedas; guardar os tapetes que podem deslizar; não deixar nada espalhado pelo chão e manter os cômodos bem iluminados. Em casos necessários, o indivíduo não pode deixar de ir ao médico, pois, as fraturas têm taxa de mortalidade e são as principais causas de morbidade e perda de independência funcional.[1]
”Enquanto as pessoas não puderem realizar o exame de densitometria óssea por conta do isolamento social, existem outras soluções para identificar o risco da fratura”, explica o especialista. Entre as alternativas está o FRAX (Ferramenta de Avaliação do Risco de Fratura), que estima a probabilidade de sofrer com ossos quebrados nos próximos dez anos. A calculadora é recomendada apenas para uso de especialistas e a análise pode ser feita em consultas à distância.
Para quem tem interesse em conhecer mais sobre a sua saúde óssea sem sair de casa, a IOF (International Osteoporosis Foundation), desenvolveu um teste que avalia os principais fatores de risco da doença gratuitamente e que está disponível em vários idiomas, “O objetivo desta ferramenta é ampliar conscientizar. Não vale como diagnóstico, mas é uma oportunidade de o paciente reconhecer seu risco e buscar ajuda médica”, explica o especialista.