A candidata a vereadora mais votada em Sumaré nas eleições de 2020, Edna Rodrigues dos Santos (PT), usou a tribuna livre da Câmara esta semana, na qual se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de março). A 1ª suplente petista falou em nome do coletivo “Mulheres Na Luta’, ganhou elogios de colegas e poderá assumir a cadeira ainda no mandato atual.

O município tem 21 vereadores, todos homens, e a mulher mais votada nas eleições passadas (Edna) obteve 958 votos, aparecendo apenas na 32ª posição no geral. “A Câmara de Sumaré infelizmente é uma das únicas da Região Metropolitana de Campinas que não tem vereadoras”, ponderou. “Mas é importante buscarmos ter vez e voz nesse espaço”, defendeu.

Nas 20 cidades da RMC, somente Sumaré, Holambra, Morungaba e Paulínia não possuem vereadoras. No mandato anterior, o Legislativo sumareense também não tinha vereadoras. A suplente afirma que é necessária a organização das mulheres através da sociedade civil e a participação na política se mostra fundamental para ocorrer as ‘transformações sociais’.

A assistente social de 47 anos, que atua no Conselho Tutelar, leu um manifesto a nível nacional trazendo diversas pautas. “Temos que parar de romantizar o dia 8 de março”, disse Edna. A suplente falou em auxílio-emergencial, vacinas e testagem a toda população. “Dizemos ‘fora Bolsonaro’ e ‘fora Doria’ devido a essa política”, disparou.

A suplente recebeu elogios de colegas. “A Edna é uma guerreira”, destaca Willian Souza (PT), que revelou a possibilidade dela vir a ocupar uma cadeira em breve, com uma possível licença dele ou de Ulisses Gomes (PT) para assumir cargos no Executivo. “Quem sabe, antes do mandato findar, eu ou o Ulisses damos um tempo pra completar o mandato”, sinalizou.

“É uma suplente muito promissora. Nessa legislatura, quem sabe, a Câmara pode ter uma mulher”, reforça o próprio Ulisses. “Será uma oportunidade muito merecida”, emendou o vereador João Maioral (PDT). “Ela está pronta pra assumir. Tá muito boa de tribuna”, brincou Rudinei Lobo (PL). “Espero trabalhar um dia (na Câmara)”, completou Edna dos Santos.