(Reuters) – Cardeais da Igreja Católica se reúnem sob o olhar do “Juízo Final” de Michelangelo, nesta terça-feira (12), para eleger um novo papa que enfrentará os assustadores problemas vividos pelos 1,2 bilhão católicos do mundo, num dos períodos mais difíceis de sua história. Os 115 cardeais-eleitores, com menos de 80 anos, começaram a chegar ao hotel Santa Martha, no Vaticano, onde vão morar durante o conclave, que se inicia no período da tarde (horário local).
Os cardeais só vão sair da reclusão quando escolheram o 266º pontífice nos 2.000 anos de história da Igreja, que vive um momento de crise por escândalos de abuso sexual, disputas internas de poder, dificuldades financeiras e com o aumento do secularismo no mundo.
O conclave, repleto de rituais secretos e orações, pode continuar por vários dias, sem claro favorito à vista. Não há candidatos formais no conclave, mas vários nomes são mencionados com frequência. Para ser eleito, é preciso reunir pelo menos 77 votos entre os 115 cardeais-eleitores. Os cardeais Angelo Scola, de Milão, e Odilo Scherer, de São Paulo, são os dois principais nomes citados como favoritos.