Uma das maiores preocupações dos usuários de PIX nos últimos tempos são os golpes aplicados por quadrilhas especializadas. Uma das fraudes que ficou famosa foi a promessa de descontos para clientes de telefonia móvel, com valores muito abaixo do plano contratado ou para ganhar extensão de internet.

Agora, um novo golpe envolvendo sequestro-relâmpago começa a preocupar as pessoas. Devido a isso, o Banco Central anunciou mudanças em sua usabilidade. O AllowMe, empresa especializada em prevenção a fraudes em transações online, utilizou sua expertise para analisar as mudanças e alertar ao consumidor como proteger-se desse tipo de dor de cabeça.

“As transações via PIX são seguras e de altíssima rastreabilidade. Sempre é bom deixar bem claro que tudo é registrado e lastreado. A insegurança está mais no ecossistema, no ambiente e na sociedade em que vivemos, não necessariamente na transação” diz Gustavo Monteiro, Managing Director do AllowMe.

Uma das opções para proteger-se é utilizar os apps de banco somente em casa, mesmo tendo que abrir mão da facilidade de ‘levar’ seu banco para onde estiver. Diminuir o limite financeiro de transferência via PIX também é uma estratégia. Essa função já está disponível nos aplicativos de bancos. Outra dica é utilizar no dia a dia um app de banco secundário com um menor valor em sua conta corrente e um crédito baixo.

Já os bancos podem trabalhar com medidas de segurança e apostar ainda mais na tecnologia para ajudar seus usuários. “O que pode ser feito pelos bancos é aplicar travas de segurança, como, por exemplo, exigir um tempo mínimo para validar uma alteração de limite. Assim, não seria possível fazer uma alteração imediata e, na pior das hipóteses, um valor limitado seria realizado na transferência via PIX” diz. “Além disso, os bancos poderiam criar mecanismos que validem se o valor e horário do PIX são consistentes com o hábito do cliente, assim como se a conta de destino é conhecida ou tem recebido depósitos fora do comum”, completa Monteiro.

Sobre um aumento nas fraudes, Gustavo Monteiro lembra das facilidades que os aparelhos móveis trouxeram para as transações on-line e ressalta que os golpistas sempre estão atentos a esse movimento. “Os criminosos são bastante criativos e costumam ir para onde o dinheiro está, e hoje o dinheiro está nos celulares”, afirma.

“Por fim, falta orientação para a criação de uma cultura de segurança nas pessoas. Existem muitos consumidores desesperançados em recuperar aquilo que foi perdido e, por isso, nem sequer fazem um Boletim de Ocorrência quando sofrem um roubo/furto do celular” finaliza o executivo.

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