O Brasil registrou oficialmente nesta terça-feira (23/11) 284 mortes ligadas à covid-19, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass). Também foram confirmados 10.312 novos casos da doença. Com isso, o total de infecções reportadas no país chega a 22.030.182, e os óbitos oficialmente identificados somam 613.066.

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Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais devem ser ainda maiores em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação. Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 773 mil óbitos, mas têm população bem maior. É ainda o terceiro país com mais casos confirmados, depois de EUA (47,9 milhões) e Índia (34,5 milhões).

Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 291,7 no Brasil, a 10ª mais alta do mundo, atrás apenas de alguns pequenos países europeus e do Peru. Ao todo, mais de 258,5 milhões de pessoas contraíram oficialmente o coronavírus no mundo, e foram notificadas 5,16 milhões de mortes associadas à doença, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

O Conass não divulga o número de recuperados. Segundo o Ministério da Saúde, 21.230.357 pacientes no Brasil haviam se recuperado da doença até esta segunda-feira.

No entanto, o governo não específica quantos desses recuperados ficaram com sequelas ou outros efeitos de longo prazo. A forma como o governo propagandeia o número de “recuperados” já foi criticada por cientistas, que classificaram o número como enganador ao sugerir que os infectados estão completamente curados da doença após a fase aguda ou alta hospitalar.

Estudos no exterior estimaram que entre 10% e 38% dos infectados sofrem efeitos da “covid longa” meses após o vírus ter deixado o organismo.

Um estudo alemão apontou que sequelas podem surgir até mesmo meses depois da fase aguda da doença. Já uma pesquisa da University College London em pacientes de 56 países listou mais de 200 sintomas observados em pacientes com sequelas pós-covid.