O presidente da Câmara de Sumaré, Willian Souza (PT), pediu aos vereadores de Capitólio (MG) a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as causas do acidente que vitimou 10 pessoas no último sábado (08) depois que um rochedo desabou sobre lanchas de passeio no lago de Furnas, no município mineiro. Quatro vítimas eram de Sumaré.

 

Em reunião virtual realizada na tarde desta quinta-feira (13) com a presidente da Câmara de Capitólio, Miriam Rattis (DEM), e com os vereadores Gabriel Sansoni (PSD) e Letícia Vallory (PT), Willian afirmou que é fundamental para esclarecer as circunstâncias do acidente apurar também a responsabilidade da prefeitura e do prefeito local, Cristiano Gerardão (PP), por eventual omissão e negligência no caso.

 

“Acompanhando atentamente a tragédia que comoveu o país e especialmente nossa cidade de Sumaré, observamos que as declarações oficiais sustentam a versão de ‘desastre natural’, contrariando a avaliação de diversos especialistas que estão sendo ouvidos. O prefeito de Capitólio admitiu em rede nacional que não havia trabalho de prevenção no local, é um absurdo. Por isso tomamos a decisão de entrar em contato com os parlamentares de Capitólio e pedir que a Câmara instaure uma apuração paralela para cobrar responsabilidade das autoridades municipais”, argumenta Willian.

 

Na manhã de ontem, o vereador recebeu na Câmara familiares das quatro vítimas que moravam no Jardim Nova Terra, região do Matão. “Nossa percepção é de que a tragédia de Capitólio poderia ter sido evitada com responsabilidade administrativa, fiscalização e prevenção para que turistas e trabalhadores não corram risco de vida no local. É inadmissível que permaneçam no comando de uma cidade quem não tem compromisso com a vida. A negligência do poder público custou a vida de dez pessoas, destruiu famílias, e isso não pode ficar impune. Queremos justiça para os nossos amigos Geovany, Carmen, Camila e Maycon e estamos prestando toda assistência e solidariedade aos familiares”, desabafou o parlamentar.

 

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais, Ministério Público Estadual e pela Marinha.