Em tempos em que relacionamentos tidos como não tradicionais ganham destaque na mídia, pesquisa realizada recentemente pelo happn, um dos aplicativos de encontros mais populares do mundo, revela que poucos estão abertos a experiências fora do padrão. E mais! A enquete aponta que há um considerável descompasso entre as expectativas do público masculino e feminino.
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Enquanto o público masculino divide-se entre os que buscam relacionamentos casuais (38%) e aqueles que querem um relacionamento mais sério e monogâmico (39%), apenas 15% das mulheres estão de olho em aventuras passageiras. Esse percentual sobe para 66% quando consideradas as mulheres que visam encontrar o verdadeiro amor e desenvolver um relacionamento monogâmico.
O público masculino também está mais disposto ou curioso em viver uma relação aberta ou poliamorosa do que o feminino: enquanto 17% dos homens responderam que certamente estariam abertos, apenas 5% das mulheres foram tão enfáticas. Em contrapartida, vale notar que as mulheres se mostram mais abertas para o « talvez » – são 76% (F) X 45% (M) – e são menos veementes no « nunca » – 19% (F) X 38% (M).
Mas, a despeito de possíveis fantasias, a grande maioria – 85% das mulheres e 69% dos homens – nunca vivenciou um relacionamento aberto ou poliamoroso. As porcentagens ficam mais próximas quando questionados sobre a razão de serem amantes monogâmicos: 60% das mulheres e 65% dos homens afirmam ter uma visão clássica do que é um relacionamento.
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“É interessante perceber que há algumas contradições, o que é de se esperar em um tema complexo, extremamente influenciado por vieses inconscientes e por modelos mentais arraigados. Por exemplo, apesar da maior parte dos homens dizer que tem uma visão clássica do relacionamento, quase a metade (47%) afirma que sair com outras pessoas sem conexão emocional pode trazer uma nova perspectiva e ser saudável para o relacionamento. Já as mulheres, apesar de taxativas em relação à monogamia e ao formato clássico de relacionamento, mostram-se mais abertas a repensar padrões e estereótipos. Neste sentido, o aplicativo pode ajudar a unir pessoas com visões e expectativas similares, sempre por meio de um ambiente saudável e respeitoso para os nossos usuários”, afirma Michael Illas, especialista em relacionamentos do happn.
Aparentemente, os homens são mais flexíveis no que tange à monogamia. Ao serem perguntados se esta é importante para um relacionamento saudável, 42% afirmam que sim, que “só conseguem se enxergar em um relacionamento exclusivo”. A taxa sobe para 68% no público feminino. Surpreendentemente, 46% do público masculino afirma que a importância do fator “depende do momento e da outra pessoa”. Somente 24% das mulheres pensam da mesma maneira. Resta saber se a flexibilidade masculina vale para ambos os parceiros. Mais de 1,3 mil usuários do happn responderam à pesquisa.