Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Enxaqueca é a sexta doença mais incapacitante do mundo, sendo cerca de 30 milhões de pessoas relataram dores de cabeças de intensidade variáveis, muitas vezes acompanhadas de náuseas e sensibilidade à luz e ao som. Muitas vezes, as pessoas relacionam a enxaqueca somente com a dor de cabeça, mas existem vários sintomas paralelos (como sensibilidade visual cheiros, perda de sensibilidade, formigamento, dificuldade para falar e acreditem, vertigem).
O que pouca gente sabe é que existe uma relação nítida entre a Enxaqueca e a Tontura.
“E, olha só, uma curiosidade: a principal causa de dor de cabeça não é a Enxaqueca e sim a Cefaleia do tipo Tensional. Já a Migrânea Vestibular ou conhecida como Enxaqueca Vestibular acomete entre 1% e 3 % da população mundial e vem acompanhada de tontura ou vertigem”, explica Dr. Saulo Nader, neurologista do Albert Einstein, conhecido nas redes sociais e apelidado pelos pacientes como Doutor Tontura.
Segundo Nader, estima-se que entre 10% e 30% das pessoas que sofrem da popular ‘labirintite’ tenham a Migrânea Vestibular. Além disso,outro dado curioso é que as mulheres têm mais chances de desenvolver essa doença, em comparação aos homens ( 4 pra 1).
Mas a Migrânea Vestibular tem tratamento? Quais os gatilhos que podem acionar os sintomas e crises?
Doutor Tontura enfatiza que existem alguns critérios específicos e fundamentais para o diagnóstico da doença e um médico deve ser procurado. O paciente, pelo menos metade das vezes que tem tontura, tem junto dor de cabeça. Mas também pode ter dor de cabeça sem tontura ou sentir tontura sem dor de cabeça ( e ainda assim ser a Migrânea Vestibular).
Um terço dessas pessoas terão vertigens agudas (aquelas com a sensação de girar). Outro problema que pode surgir é o zumbido no ouvido, por causa de micro- espasmos nos vasos do labirinto. Por isso, é tão importante a análise especializada, alerta o neurologista.
“ Existem tratamentos durante a crise. Outros para a prevenção da doença, que que pode ser feita por meio de remédios (várias opções também via oral), Botox (toxina botulínica aplicada no couro cabeludo) ou injeções mensais de anticorpos. O importante é também ter bons hábitos de vida, como qualidade do sono, alimentação saudável, evitar o tabagismo e jamais se automedicar”, finaliza Dr. Saulo.