Na era dos influenciadores e tiktokers, as pessoas têm se sentido cada vez mais impulsionadas a adquirirem um bom celular. Com certeza, o iPhone é o mais desejado entre os demais aparelhos celulares. O principal argumento dos usuários é a qualidade da câmera, seguido da velocidade do sistema (IOS) e o design do dispositivo.

Entretanto, o preço do produto no Brasil é muito caro, comparado a realidade da maioria dos brasileiros, tornando-se quase um item de luxo. Os modelos mais recentes, como o iPhone 13, ultrapassam R$ 12.000,00 sem fones de ouvido e carregador. Como alternativa, algumas pessoas pensam em importar este produto. Mas será que realmente vale a pena?

Por que o iPhone é tão caro no Brasil?

Assim como toda mercadoria estrangeira que entra no País para ser comercializada, o iPhone tem seu valor influenciado pelos impostos que incidem sobre a importação. São esses: o Imposto de Importação (II), IPI, PIS, COFINS, ICMS, bem como outras taxas de importação.

No início de 2022, o Ministério da Economia anunciou uma redução de 10% no II de vários bens importados, o que contemplou smartphones e computadores. Com essa medida, o corte ficou acumulado em 20%, visto que em 2021 já havia tido uma redução de 10%.

Em 2020, o imposto máximo sobre os produtos chegava a 16%, no ano seguinte 14,4% e este ano se tornou 12,8%. Já se pode perceber uma redução nos valores dos produtos da Apple no Brasil.

Quando vale a pena importar iPhone?

Se você já for viajar para os Estados Unidos, trazer um iPhone valerá a pena. Em 2022, a Receita Federal aumentou de US$ 500 para US$ 1.000 o limite de isenção das importações para turistas. Nos EUA, um iPhone 13 custa cerca de US$ 800, ou seja, R$ 4.000,00. Já no Brasil, o mesmo aparelho custa mais de R$ 10.000,00.

Entenda que, apesar do aumento do limite, na alfândega é considerado o valor total das compras, não do produto avulso. Caso exceda o limite, haverá uma taxação de 50%, mediante uma declaração antecipada do viajante.

É válido destacar, ainda, que essa importação deve ter a finalidade de trazer apenas itens para uso pessoal. Pessoas físicas são proibidas pela lei de fazer importações para revenda. Se desejar comprar através de outro fornecedor para revender de forma legal, você precisará adquirir uma autorização da Apple.

Atenção aos impostos na importação

É importante lembrar que os aparelhos eletrônicos estão sujeitos à taxação alfandegária. Visto isso, será importante que você entenda tópicos importantes do setor de importações: o que é NCM do produto, o ICMS, o Regulamento Aduaneiro, como tirar a nota fiscal de importação, entre outras coisas, para calcular os impostos corretamente.

É fundamental calcular o custo final do iPhone com todos os impostos, aplicando também o percentual de lucro pretendido, para ter certeza de que será um bom negócio. Caso o propósito não seja revenda, mas sim consumo próprio, segue a mesma lógica.

Uma opção é procurar uma loja de confiança e analisar os impostos mais o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) da compra feita no exterior para ver se haverá economia. Se preferir recorrer a uma empresa de redirecionamento, o pagamento poderá ser feito no Brasil, o que reduzirá o percentual do IOF.

Ao buscar essas empresas, não deixe de verificar suas reputações. Se possível, consiga indicações ou referências confiáveis. Infelizmente, a aplicação de golpes é um crime ainda muito frequente.