Construir uma carreira profissional costuma ser um processo que se inicia ainda na juventude, com a escolha do curso técnico ou de graduação e as experiências vivenciadas até o começo da vida adulta. Por essa razão, não é difícil entender que, ao alcançar determinada idade, algumas pessoas questionem se, de fato, estão na “profissão certa” ou na área que oferece o retorno e a qualidade de vida que verdadeiramente procuram.

Encontrar a resposta para um questionamento tão profundo sobre felicidade e sucesso profissional exige que seja feita uma análise subjetiva e inteiramente pessoal. Até porque apenas o próprio indivíduo será capaz de identificar e balancear os pontos negativos e positivos da função que desempenha no horário de trabalho. Caso se perceba que o desequilíbrio pende para o lado ruim, talvez seja interessante pensar em outras formas de trabalhar e, até mesmo, em diferentes áreas de atuação.

Fatores relacionados à mudança de carreira

São inúmeras as pesquisas, realizadas por instituições de Recursos Humanos, que demonstram o crescente aumento no índice de insatisfação no ambiente de trabalho. Um levantamento feito pelo aplicativo Survey Monkey, por exemplo, apontou que 64,24% dos profissionais pretendem realizar outras atividades, enquanto 36,52% afirmaram estar infelizes com a sua profissão.

A desmotivação, desesperança, frustração, infelicidade e sobrecarga são alguns dos fatores que pesam na escolha de partir para uma nova carreira profissional. Mas estão longe de serem os únicos. A transformação tecnológica e o desenvolvimento da sociedade, de modo geral, caminha para a extinção de determinadas profissões. Em contrapartida, outras novas surgem a cada dia para atender demandas específicas de um mercado ultramoderno e conectado.

Como fazer a transição para outra área

Quem pretende mudar de profissão precisa, antes de tudo, se planejar tanto financeiramente como psicologicamente. Especialistas em aconselhamento profissional recomendam que se faça uma reserva financeira suficiente para suprir as necessidades vitais por, no mínimo, 2 anos. Assim, o foco do trabalhador pode estar voltado totalmente para a construção da nova carreira.

A preparação intelectual também é importante e pode envolver um teste vocacional para verificar quais são as profissões mais aderentes ao perfil, realização de cursos, capacitações e, inclusive, uma nova graduação.  Nesta fase, é interessante estudar o novo mercado de trabalho e, principalmente, as habilidades e competências exigidas nas vagas de trabalho, para que a chegada no novo ramo ocorra de maneira segura, madura e preparada.

Por fim, ao conseguir fazer a transição, é bastante provável que, no início, os cargos ocupados sejam para profissionais júnior, mesmo que se possua expertise e experiência de mercado em outro segmento. Mas isso não extingue a possibilidade de ascensão no trabalho, especialmente se a dedicação for proporcional à vontade de alcançar a satisfação e o sucesso na nova área.