Os veículos elétricos (VE) e híbridos têm ganhado cada vez mais espaço nas ruas. Em 2021, as vendas dobraram na comparação com o ano anterior, alcançando 6,6 milhões de novas unidades em circulação (9% das transações) no mundo, segundo análise da Internacional Energy Agency (IEA). No Brasil, 35 mil foram emplacados durante o ano. Mesmo que de forma tímida, os brasileiros também têm aberto espaço para essa expansão de mercado. Levantamento da  Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), mostrou que até o final de julho deste ano, a frota eletrificada do país superou a marca de 100 mil.

A tendência, segundo especialistas, é que o uso desses modelos se massifique cada vez mais. Os VEs são uma opção de transporte que tem menor impacto ao meio ambiente em comparação aos veículos tradicionais e têm menor custo de manutenção e rodagem, principalmente com alta do preço do petróleo no mundo todo. Aliás, uma das principais vantagens do carro elétrico é que ele elimina os gastos com combustíveis.

O motor é alimentado por bateria, recarregada por energia elétrica, o que pode ser feito na própria casa. A economia para rodar é bastante expressiva, mais ainda se for utilizado um gerador fotovoltaico, conforme destaca Thomas H. Knoch, CEO da Solar Vale, de Santa Catarina. “Além de ajudar a preservar o meio-ambiente, a energia solar pode gerar  até 95% de economia na conta de energia elétrica. O que significa que quem tem um gerador solar fotovoltaico acaba quase eliminando o custo  para recarregar seu carro”, explica Knoch.

O CEO destaca que a junção da utilização dos VEs com energias renováveis, além de gerar economia, representa um grande avanço no cuidado com as questões ambientais. “O mercado de carros elétricos vem despontando como uma solução limpa e econômica no mercado de mobilidade. Ao mesmo tempo em que o setor de energias renováveis também tem crescido no Brasil, que já está entre os 20 países com maior capacidade instalada de energia solar do mundo. O caminho para um futuro mais sustentável é apostar em tecnologias que agridam menos o meio ambiente” pontua.

Além de serem uma opção de transporte mais limpa, terem baixo custo de manutenção e não gerar custo com combustíveis, os carros elétricos ainda são silenciosos e sofrem menos desvalorização.

Os principais fatores que podem ser tidos como negativos são o valor elevado e a infraestrutura de carregamento. Ainda assim, é preciso pontuar que existe uma boa variedade de modelos e preços à disposição do consumidor. No Brasil, os veículos elétricos custam a partir de R$ 150 mil. Quanto à distribuição de pontos com carregadores, públicos ou pagos, esses já podem ser encontrados em shoppings, supermercados, estacionamentos e até em edifícios comerciais e residenciais.

Em algumas partes do mundo existem políticas de incentivo à aquisição dos veículos elétricos, para diminuir as emissões de CO2, como na China – maior consumidor, Estados Unidos e alguns países europeus.