De acordo com o levantamento da InterPlayers, houve uma procura maior de medicamentos para tratamentos oncológicos entre o período de Junho de 2021 até Junho de 2022. O crescimento total foi de 32%, segundo o banco de dados da empresa. Distrito Federal e Rio de Janeiro são os estados que lideram em vendas, com um aumento de 135,63% e 64,09%, respectivamente.
Os estados de Espírito Santo e São Paulo, ambos conseguiram também um alto índice de crescimento, com 32,69%, e 15,57%, em sequência. Ainda com base na pesquisa realizada, os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul obtiveram os piores números nesse sentido, com -45,66% para o MT e -15,49% para o MS, sendo os estados com menor número de vendas se comparado com os demais.
A alta da procura por medicamentos oncológicos parece preocupante à primeira vista, mas o fenômeno pode ser mais um daqueles relacionados às restrições causadas pela pandemia de covid-19. Durante a primeira onda de contaminação, iniciada em 2020, clínicas e hospitais públicos e privados tiveram de cancelar consultas e internações eletivas por causa da necessidade de atender os pacientes que contraíram o coronavírus. Esse fator pode ter sido responsável por distorcer o resultado.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), publicados em junho do ano passado, em 2020, 309.750 homens brasileiros foram diagnosticados com algum tipo de câncer. Desse total, 65.840 apresentaram câncer de próstata. Entre as mulheres, o número de novos casos em 2020 foi de 316.280, sendo o de mama o mais comum, com 66.280 novos diagnósticos.