Vereadores “fogem” de votar contra atos violentos em Brasília
Os vereadores de Americana Marcos Caetano (PL), Vagner Malheiros (PSDB), Silvio Dourado (PL) e Marschelo Meche (PL) se abstiveram de votar uma moção de repúdio ao atos ocorridos no último 8 de janeiro,m em Brasília, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes em um ato antidemocrático.
Três, dos quatro vereadores que decidiram por não votar a matéria, são apoiadores de Bolsonaro. São eles Marcos Caetano, Silvio Dourado e Marschelo Meche.
LEIA TAMBÉM: 1ª sessão do ano de Americana tem prefeito, padre e pastor
Apenas o vereador Malheiros usou a palavra para justificar sua abstenção. O parlamentar disse que não vai se deixa envolver nas polêmicas Lula x Bolsonaro e que o foco é a cidade de Americana. Os outros três se abstiveram sem qualquer explicação.
Segundo o regimento interno da Câmara de Americana, os vereadores podem se abster nos casos em que possuem interesse pessoal na matéria votada, o que não é o caso.
A moção de repúdio, assinada pela vereadora Professora Juliana (PT) trata exclusivamente do vandalismo praticado. Apesar das abstenções, a moção foi aprovada. Veja o texto do documento na íntegra:
“Nosso mandato vem de maneira veemente repudiar atos antidemocráticos cometidos
no dia 08 de janeiro de 2023, aos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e
Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Os atos de vandalismo são inaceitáveis,
inconstitucionais e ferem o Regime Democrático de Direito, pois atentaram contra a Ordem e
o Patrimônio Público pertencentes ao povo brasileiro.
Entendemos que toda manifestação expressada pela sociedade, de maneira pacífica
e respeitando os princípios constitucionais do nosso país é bem-vinda. Porém, não podemos
aceitar nenhum tipo de violência. O Estado Democrático de Direito e a liberdade precisam ser
respeitados e preservados, em harmonia com a Constituição Federal.
Os ataques foram amplamente condenados por outros países e organizações
internacionais. No Brasil, as instituições deram início a processos criminais contra os supostos
responsáveis.
Desta maneira, me uno a todas e todos que são defensores das liberdades e das
instituições democráticas, ao Estado de direito e a postura republicana para manifestações e
respeito a respeito à Constituição Federal de 1988″.
Siga o Novo Momento no Instagram @novomomento