O consumo de tabaco, bebida alcoólica
alimentação inadequada e a falta de prática de atividades físicas estão entre os principais fatores de risco para o surgimento do câncer em todo o mundo.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o câncer é uma das principais causas de morte na população. A previsão é que 2,1 milhões de pessoas morram em decorrência da doença, até 2030.
Câncer, também conhecido como tumor maligno e neoplasia é a denominação genérica de um grupo de doenças que pode afetar qualquer parte do corpo. A doença é caracterizada pelo crescimento desordenado de células que invadem órgãos e tecidos.
“É unânime entre as recomendações médicas a indicação de hábitos saudáveis, como a interrupção do fumo, de bebidas alcoólicas, além do estímulo à prática de atividades físicas regulares na prevenção do câncer. De acordo com a OPAS, 40% dos casos poderiam ser prevenidos evitando estes fatores de risco”, destaca a médica Gisele Abud, diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, em Santos (SP).
A unidade, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, está localizada na região litorânea do estado de São Paulo e atua como referência para urgências em Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia.
A médica acrescenta que o câncer de pulmão está entre os mais comuns, segundo as autoridades em saúde, e que o tabagismo é o principal fator de risco para o câncer, causando 22% das mortes.
“É inegável que rastrear o câncer precocemente é fundamental para tratar corretamente e aumentar as chances de cura, mas a recomendação prioritária, é adotar hábitos que contribuam de fato para o não aparecimento da doença”, afirma Gisele. “Os exames ajudam no monitoramento e se fazem essenciais, porém, a prevenção de fato é mudar hábitos, rotina, o que permite que o corpo funcione melhor e saudável”, complementa.
Celulite. Alimentação como aliada para se combater
Dicas de prevenção
No Dia Mundial do Câncer (4/2), data que busca aumentar a conscientização e a educação mundial sobre a doença, confira oito dicas fundamentais de prevenção:
- Não fume;
- Não consuma bebidas alcoólicas;
- Coma alimentos saudáveis;
- Pratique atividades físicas;
- Mulheres, realizem o exame preventivo do corpo do útero;
- Vacine-se contra HPV, Hepatite e outras doenças;
- Não consuma carnes processadas;
- Evite exposição ao sol nos horários mais quentes.
10 mil diagnósticos de Câncer de Colo de Útero esperados em 2023
Exames de rotina, como o teste para detecção precoce do HPV, principal causador da doença, podem ajudar a evitar as milhares de mortes anuais, em consequência do avanço da doença entre o público feminino
São Paulo, janeiro de 2023 – Considerado o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres, excluídos os tumores de pele não melanoma, as ocorrências de câncer de colo do útero seguem crescentes no Brasil. De acordo com dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer – são esperados mais de 17 mil novos diagnósticos da doença neste ano de 2023; um índice de risco em torno de 13,25 casos para cada 100 mil mulheres. Trata-se de um cenário alarmante, que motivou a criação do Janeiro Verde pela Sociedade Brasileira de Cancerologia, com o intuito de conscientizar a população sobre a importância da prevenção, detecção precoce da doença e tratamentos.
Silencioso, o câncer de colo do útero costuma apresentar sintomas quando se encontra em estágios mais avançados. Causado por alguns tipos de HPV (Papilomavírus Humano), uma das maneiras mais efetivas de diagnóstico é o monitoramento frequente da presença do vírus no organismo. Embora 90% dos casos de HPV representem uma contaminação transitória, onde o próprio sistema imunológico consegue se defender, o risco aumenta quando a presença do patógeno prolonga-se e acaba por gerar lesões no colo do útero, que se tornam feridas e evoluem de forma maligna.
“As consultas e exames de rotina são essenciais e devem fazer parte do calendário anual do público feminino. Além do Papanicolau e da colposcopia, a captura híbrida é um teste molecular sensível, capaz de detectar a presença do HPV, suas variantes mais comuns e de alto potencial cancerígeno. Esse tipo de exame permite identificar a contaminação antes mesmo de surgir a primeira lesão. Desta forma, as pacientes que apresentam um diagnóstico positivo para a presença do vírus, podem receber um acompanhamento mais próximo e com maior frequência de monitoramento para tratamentos precoces e maiores chances de cura”, explica Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, multinacional alemã especialista em tecnologia para diagnóstico molecular, que entre suas soluções apresenta esse tipo de exame. Cabe ressaltar que o teste somente é disponibilizado no sistema de saúde privado, ou seja, para mulheres que possuem planos de saúde, algo que representa em torno de 1% de todas as mulheres brasileiras que são elegíveis ao teste.
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