O PT venceu a eleição em 2002 e acertou e errou desde então. Antes, sem ter o poder, o que os políticos do partido faziam era apontar o dedo para os erros da política dominante, fosse Collor ou FHC.
Sem saber como governar, foi se adaptando, seguindo o modelo que veio pronto até cair no mensalão. Lula ganhou com grande dificuldade em 2006.
Desde 2007, há uma maior tensão na postura da grande imprensa e dos apoiadores do PT (muitos deles presentes na imprensa e financiados por setores do partido). A oposição começou a ganhar forma com base na negação dos valores negativos do petismo.
A corrupção (mensalão) se tornou, então, a marca do governo. Assim como as alianças com Collor e Sarney denotam os erros do governo.
Aos petistas cabe defender o governo e fazer vistas grossas aos erros. Assim como fez a grande imprensa com a farra das privatizações. Fica o famoso-: “Em nome do bem maior, olhamos ao largo dos erros, que são menos importantes”. Valeu para a imprensa entre 1995 e 2000 e vale para os petistas agora.
Essa tese aqui acaba por concordar com a polêmica defesa feita pela presidente da ANJ que disse ser papel da (grande) imprensa ser oposição. Fez-se oposição na grande mídia porque não há concordância com o modelo. São modelos que disputam- e defendem seus ícones e não enxergam os erros.