Bolsonaro na mira- após DWBrasil
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, propôs nesta terça-feira (17/10) o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por quatro crimes: associação criminosa; golpe de Estado; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; e emprego de ações para impedir o livre exercício de direitos políticos. Somadas, as penas podem chegar a até 29 anos de prisão.
Além de Bolsonaro, Gama também pediu o indiciamento de outras 61 pessoas, entre civis e militares, a exemplo dos ex-ministros e generais Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) e Paulo Nogueira (Defesa), além do general Freire Gomes (ex-comandante do Exército).
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Ao mirar alguns dos principais atores do bolsonarismo, ela também pediu o indiciamento de Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal na época dos ataques), almirante Garnier Santos (ex-comandante da Marinha), tenente-coronel Mauro Cid (ex-ajudante de ordens e principal assessor de Bolsonaro), Filipe G. Martins (assessor para Assuntos Internacionais) e a deputada Carla Zambelli (PL-SP).
O relatório de 1.333 páginas foi protocolado no Senado e, depois, apresentado ao colegiado, que deve votar o tema nesta quarta-feira. Se aprovado, será enviado a órgãos que poderão, baseados no documento, aceitar ou não as denúncias, a exemplo do Ministério Público, polícias e Advocacia-Geral da União.
Em seu parecer final, a senadora afirmou que “Bolsonaro nunca nutriu simpatia por princípios republicanos e democráticos. Prova disso é a extensa documentação trazida ao conhecimento desta CPI e que comprova tais fatos. Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República e, desde o primeiro dia do seu governo, atentou contra as instituições estatais, principalmente aquelas que significavam, de alguma forma, obstáculo ao seu plano de poder”.
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