Tímido- Na sociedade em geral, a cobrança para que as pessoas sejam sempre alegres,

extrovertidas e participativas pode fazer quem tem uma personalidade diferente sentir-se pressionado. Mas, tentar forçar um comportamento soa artificialidade e pode voltar contra si mesmo. Ao mesmo tempo, familiares e amigos encontram dificuldade de conviver com pessoas tímidas ou introvertidas.

A psicóloga Ana Beatriz Sahium, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica sobre como distinguir essas duas características e dá dicas de convivência.  “A grande diferença é que o tímido tem  prazer em conviver com as outras pessoas, ele até deseja a interação. Só que o que comanda o tímido são pensamentos muito intrusivos: no momento da interação ele fica pensando no que as pessoas estão pensando dele. Já o introvertido não tem problemas em interagir em diversos ambientes, só que ele prefere estar sozinho, curte sua própria companhia”.

Diferenciando tímidos de introvertidos

‘Um Natal Mais Feliz’

Essas personalidades podem trazer desconfortos para quem as possui. “O tímido é uma pessoa que, possivelmente, sempre vive com uma ansiedade mais elevada, um pensamento mais acelerado, e tem dificuldade em estar com pessoas que não conhece. Acaba até atrapalhando algumas habilidades e seus relacionamentos interpessoais”, diz a especialista. A introversão também acarreta em consequências. “Quem convive com o introvertido pode achar que ele não faz questão das pessoas”, detalha.

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Para lidar com aqueles que possuem essas características, a psicóloga orienta. “Com o tímido é mais fácil, deve-se promover uma certa segurança para essa pessoa, reforçar o quanto se gosta de estar com ela. Com o introvertido é mais difícil, é preciso entender e respeitar como ele gosta de se relacionar, como não vai se sentir invadido”, explica.

Ambas características podem ser atenuadas. “O primeiro passo é desejar a mudança, é assim que começa todo o processo de mudança. É quando eu observo o quanto aquilo me traz malefícios, o quanto me atrapalha e buscar os meios de melhora”, afirma Ana Beatriz. “Em processos terapêuticos, o introvertido deve entender porque tem a necessidade de ficar sozinho e o tímido precisa desenvolver a autoconfiança”, aponta a especialista.

Ela lembra ainda que, ao contrário do que muitos pensam, nenhum destes dois comportamentos estão, necessariamente, relacionados a algum transtorno. Contudo, Ana Beatriz Sahium ressalta que é importante observar as mudanças de comportamento em indivíduos que não têm este traço e começam a se portar assim. “Neste caso, é recomendável  que investigue o que pode estar por trás disto”, afirma.

 

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