Índice de infestação do mosquito da dengue tem queda em Americana

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Índice de infestação do mosquito da dengue tem queda em Americana

11 de maio de 2024

O índice de infestação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, apresenta queda em Americana, conforme a avaliação de densidade larvária (ADL) mais recente feita pelo Programa Municipal de Controle da Dengue (PMCD). O Índice de Breteau (IB) no município ficou em 0,7% no período de 18 a 30 de abril. Em janeiro, na primeira avaliação das quatro previstas no ano, o índice era de 1,1%.

Para o Ministério da Saúde, o ideal é que o índice apresente valores inferiores a 1%, que é considerado satisfatório. O órgão federal classifica entre 1,1% e 3,9% como estado de alerta, enquanto acima de 4% já considera risco para epidemia.

A pesquisa foi realizada em 3.073 imóveis situados nas cinco áreas de atuação do PMCD, compreendendo todas as regiões da cidade.

“Foi um resultado positivo, levando-se em conta que estamos com transmissão da doença em todas as regiões. Esse índice nos dá a dimensão sobre os riscos de uma epidemia no município, o que nesse caso é pequeno se considerarmos os indicadores de infestação do vetor verificados”, diz o coordenador da Vigilância Ambiental, Antônio Jorge da Silva Gomes.

A região com a maior infestação, segundo a medição feita em abril, é a área constituída pelos bairros Jardim Ipiranga, Vila Amorim, Frezzarin, Jardim São Paulo, Cidade Jardim, Vila Mathiensen, Nova Americana e Vila Gallo, que apresentou IB de 1,66%

Os três bairros com maior incidência de dengue atualmente pertencem justamente à região: Jardim Ipiranga (76), Cidade Jardim (75) e Parque Novo Mundo (46). Na sequência aparecem Nova Carioba (48), Jardim Mirandola (40) e Parque das Nações (39). Esses números foram contabilizados até o dia 9 de maio, conforme boletim da Vigilância Epidemiológica.

Para o coordenador Antônio Jorge, o estudo também serve como indicador para as ações de controle do mosquito. “Nós já trabalhamos com o mutirão em todos os bairros com maior incidência de casos, muito provavelmente até em razão disso o índice não ultrapassou 2% na área com maior Breteau. De qualquer forma, o indicador nos leva a voltar mais atenção aos bairros com infestação mais elevada”.

“Apesar do resultado positivo na análise dos índices de infestação, isso não significa que podemos relaxar em relação ao problema, pois precisamos da união de todos os moradores para continuar eliminando o maior número possível de criadouros”, pede o secretário de Saúde, Danilo Carvalho Oliveira.

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Ações

Desde fevereiro a Prefeitura tem atuado com a campanha “Americana contra a dengue – Um mosquito não é mais forte que uma cidade inteira”, cuja principal ação é o mutirão para retirada de materiais considerados potenciais criadouros do mosquito. Já foram visitados 65.724 imóveis e retiradas 11,5 toneladas de materiais.

Os agentes vão aos imóveis e recolhem todo tipo de material em desuso que possa acumular água, como pneus, latas, tambores, cisternas e garrafas. O procedimento também ocorre em terrenos baldios. Nos imóveis edificados, a retirada é feita sob a supervisão e autorização do morador e/ou proprietário. Nesta ação, os agentes não retiram lixo comum e nem móveis ou similares descartados pelos moradores.

Além do mutirão, a campanha engloba outras ações, como revisão e atualização do fluxo de manejo clínico e coleta de exames para diagnóstico, mobilização junto às escolas municipais e estaduais, distribuição de folhetos e cartazes, visitas de casa em casa com remoção de criadouros e orientações, e atividades educativas em locais de grande circulação de pessoas.

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