O dólar disparou na abertura da segunda-feira (5), iniciando a sessão cotado a R$5,8579, uma alta de 2,23%, em meio ao estresse dos índices globais diante das perspectivas incertas para a economia dos Estados Unidos. A valorização da moeda americana reflete o aumento da aversão ao risco e a busca por ativos mais seguros, à medida que os investidores ajustam suas expectativas em resposta aos dados econômicos mais fracos do que o esperado nos EUA.

O mercado voltou sua atenção também para o índice Nikkei, que não registrava uma queda tão acentuada desde outubro de 1987, com uma desvalorização de 12,4%. As bolsas asiáticas seguiram essa tendência negativa: Xangai caiu 1,54%, Hang Seng perdeu 1,46% e Kospi recuou 8,77%. Esse desempenho refletiu as fortes preocupações com o risco de um pouso forçado da economia americana, após a divulgação de indicadores econômicos desanimadores na semana passada, que aumentaram os temores de uma recessão iminente. Na mesma manhã, o Relatório Focus apontou que a mediana das projeções para o IPCA subiu de 4,10% para 4,12% em 2024, enquanto as estimativas para o crescimento do PIB brasileiro passaram de 2,19% para 2,20%. A expectativa para a Selic permaneceu em 10,50% ao ano. Esses dados reforçam a percepção de que a inflação ainda é uma preocupação significativa para o mercado brasileiro, impactando diretamente a cotação do dólar. O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$5,7414 na venda, uma alta de 0,53%. Esta foi a maior cotação de fechamento desde 20 de dezembro de 2021, quando fechou a R$5,7450. Em agosto, a moeda norte-americana acumula alta de 1,51%.


Após um salto nas sessões mais recentes, o dólar encerrou a terça-feira, 6, em queda firme ante o real, abaixo dos R$ 5,70, com as cotações refletindo o ambiente de menor estresse nos mercados globais e a ata do último encontro do Copom, que indicou que a Selic pode subir no curto prazo, se necessário. Já o Ibovespa fechou em alta na terça-feira, com as ações de bancos entre os destaques positivos, com o Bradesco ainda embalado pela repercussão positiva do balanço divulgado na véspera, enquanto o Itaú reporta seu resultado após o fechamento.

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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,86%, a 126.345,63 pontos, de acordo com dados preliminares, apoiado também pela melhora do cenário externo, com Wall Street fechando com ganhos ao redor de 1%.

O dólar, que alcançou os R$5,74 na segunda-feira, fechou a quarta-feira (07) em queda de 0,55%, valendo R$5,624. Apesar do recuo, este é o menor patamar desde 30 de julho, quando fechou cotado a R$5,617. Um dos fatores que contribuíram para a queda do dólar foi um sinal dado pelas autoridades do Banco Central do Japão. O vice-presidente do Bank of Japan (BoJ), Shinichi Uchida, afirmou que a instituição será cautelosa e não aumentará as taxas de juros do país enquanto os mercados financeiros locais e globais estiverem “extremamente voláteis”.
O BoJ aumentou a taxa básica e mexeu com o mercado global. O iene, que fornece liquidez global devido ao carry trade, reagiu à fala da autoridade japonesa, o que resultou na valorização das moedas emergentes. Esse movimento animou os mercados em todo o mundo.

Já na quinta-feira (08), o dólar cedeu ante o real pelo terceiro dia consecutivo, caindo para abaixo de R$ 5,60, em mais uma sessão marcada pela busca global por ativos de maior risco, após dados do mercado de trabalho norte-americano reduzirem os temores de uma recessão no curto prazo.

O alívio para os mercados globais veio na quinta-feira pelos dados de auxílio-desemprego nos EUA. O Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 17.000, para 233.000, na semana encerrada em 3 de agosto, na série com ajuste sazonal. Foi a maior queda em cerca de 11 meses.

A diminuição dos pedidos de auxílio indicou que a economia norte-americana pode não estar tão enfraquecida, o que afastou em parte os receios de uma recessão no curto prazo. Com isso, investidores voltaram a buscar ativos de risco, como ações e moedas de emergentes, como o real, o peso colombiano, o peso mexicano e o peso chileno.

Mesmo com a elevação da inflação medida pelo IPCA e o prejuízo da Petrobras (PETR3 e PETR4), a Bolsa de Valores de São Paulo abriu o pregão desta sexta-feira (9) em alta de 0,32%, indo a 129.076,44 pontos. As declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o preço dos produtos básicos ajudaram neste pregão. Por isso, o dólar, na mesma hora, abriu o dia em queda de 1,12%, indo a R$5,512. No mercado de turismo, a moeda chegava a R$5.735.

O mercado enfrenta uma queda de braço hoje: dois fatores pressionam a Bolsa para baixo, enquanto outros dois a levam para o positivo. O primeiro fator negativo é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, que chegou a 0,38%, ficando 0,17 ponto percentual acima do registrado em junho (0,21%).

Essa elevação do índice foi puxada pelos preços da gasolina, que subiram 3,15%, e pelas passagens aéreas, que registraram alta de 19,39%. As tarifas de energia elétrica residencial (1,93%) também contribuíram para o aumento do IPCA. O resultado geral de julho representa uma aceleração em relação ao mês anterior. Em junho, o IPCA havia subido 0,21%. Em julho de 2023, os preços haviam subido 0,12%.

Houve uma leve piora na inflação. Apesar de o IPCA estar em níveis bem menores do que nos últimos anos, a perspectiva é de que a inflação continue nesse patamar e encerre o ano em 4,20%.
Por volta de 14h50, a taxa do DI para janeiro de 2029 caía de 11,815% no ajuste de ontem para 11,640%.

Com a queda dos juros longos, o Ibovespa mostrava forte valorização, operando em alta de 1,28%, aos 130.307 pontos. No mesmo horário, o dólar era negociado a R$5,5056 no mercado à vista, em queda de 1,23%, após mínima intradiária de R$5,4916.
A divisa americana continua em queda em relação às moedas emergentes, uma vez que a diminuição dos pedidos de auxílio na véspera indicou que a economia norte-americana pode não estar tão enfraquecida, o que afastou em parte os receios de uma recessão no curto prazo.

O ouro fechou em alta modesta nesta sexta-feira, 9, estendendo a correção de perdas recentes, beneficiado pelo enfraquecimento do dólar e dos juros dos Treasuries. Em um dia de agenda esvaziada e diante do arrefecimento dos temores de uma recessão nos EUA, investidores se posicionam para os dados de inflação americana na próxima semana.
Nesta semana, o ouro ficou “preso” diante da venda generalizada de ativos, devido aos temores de uma recessão nos Estados Unidos, o que levou os detentores do metal precioso a liquidar posições para compensar as perdas.

 

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