Influenciadora diabética ensina seguidores diabéticos a conseguirem tratamento pelo SUS

Leia+ Sobre saúde aqui no NovoMomento  

O Brasil possui, aproximadamente, 20 milhões de diabéticos, de acordo com o levantamento recentemente divulgado pelo IBGE, através dos resultados concluídos pelo Censo 2022. Já a IDF (Federação internacional de Diabetes), entidade que reúne mais de 240 associações de diabetes em mais de 161 países e territórios.

O Brasil está em 5º lugar no ranking mundial de países com mais pessoas com diabetes no geral e o 3º lugar quando se fala em diabetes Tipo 1. Apesar da patologia ser comum entre os brasileiros, a falta de acesso à tratamentos inovadores é uma realidade.

Diabéticos: Como conseguir tratamento pelo SUS
Diagnosticada com diabetes tipo 1 desde os 6 anos, a influenciadora Beatriz Scher, viu a falta de informação e de acesso a tratamentos gratuitos como combustível para criar uma comunidade virtual em prol da conscientização sobre a doença. “Decidi criar um canal onde diabéticos pudessem conhecer um pouco melhor sobre a patologia. Meus conteúdos vão de dicas para usar a bombinha de insulina, até temas mais profundos, como a integração social dos diagnosticados com a condição. Porém, tive o meu boom quando comecei a compartilhar sobre o tratamento gratuito que consegui pelo governo, via ação judicial, e que no particular custaria mais de R$ 20 mil”, explica.

Isso porque durante a sua juventude, Beatriz sofreu com muitos episódios de hiperglicemia, fato que a fez pular de ponta em estudos sobre esse universo. Através de suas pesquisas, a influenciadora descobriu que a bombinha de insulina era a opção mais moderna e benéfica para a saúde, além de poder reduzir drasticamente os episódios que são conhecidos por elevar os níveis de açúcar no sangue.

Porém, ao começar a pesquisar sobre o assunto na internet, a influenciadora percebeu que todos os conteúdos que achava eram do exterior. “Não encontrei nenhum blog ou influencer que abordasse o uso dos tratamentos e outros dados atrelados ao universo da diabetes no Brasil. A minha bomba de insulina custaria mais de R$ 20 mil no particular, mas eu consegui de forma gratuita através de uma ação judicial, uma vez que o SUS só fornecia a canetinha. Eu queria que outros com a mesma condição que a minha tivesse acesso a essa informação e, quando pesquisassem, pudessem encontrar um canal que fornecesse todo o passo a passo de como conseguir e usar esse tratamento”, comenta a carioca de 30 anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, para os que já têm diagnóstico de diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente, a atenção básica, atenção integral e gratuita, desenvolvendo ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulinas. No entanto, apesar do governo disponibilizar as canetas de injeção de insulina, as bombas que promoveriam uma qualidade de vida muito maior aos mais de 588 mil brasileiros dependentes da substância, seguem custando muito caro e a única maneira de conseguir um dispositivo desses gratuitamente, ainda é lutando na justiça.

A ajuda com a autoestima

Beatriz nunca enfrentou questões de vergonha ou dificuldades familiares para lidar com a diabetes. Nunca teve problema em usar biquinis com bombinha de insulina a mostra ou de se sentir mal com a estética dos aparelhos. No entanto, conforme a comunidade que criou no Instagram foi crescendo, Beatriz se deparou com muitas pessoas que tinham dificuldade ou vergonha em lidar com o dia-a-dia da doença. Uma das maiores queixas de todos sempre foi a falta de produtos personalizados.
“Os produtos para diabéticos sempre são em cores neutras, hospitalares, sem personalidade, com poucas opções de escolha. Uma vez vi uma influencer diabética europeia personalizando sua bomba de insulina em um vídeo e também quis fazer na minha. Meus seguidores amaram tanto que se interessaram em comprar e eu investi nisso. Hoje tenho adesivos para mais de 12 diferentes modelos de bombas de insulina, são mais de 30 estampas”.

 

A empreendedora e influencer não parou por aí. O sucesso dos adesivos foi tanto que, quando se deu por conta, ela já estava com um e-commerce e investiu em mais produtos como estojos, bolsas térmicas, biquinis com suporte combinando para bomba de insulina, diários para diabéticos, necessaires e até lingerie de perna para bombinha disponível em várias cores.

 

 

Sobre Beatriz Scher (@biabetica):

Conhecida como a “influencer da diabetes”, a carioca de 30 anos começou a se aventurar na produção de conteúdo sobre a condição, em 2016. Diagnosticada aos seis anos com diabetes tipo 1, hoje seu objetivo é ser uma porta-voz em prol da conscientização da doença. Através do @biabetica, que conta com mais de 50 mil seguidores no Instagram, Beatriz Scher compartilha a rotina de uma pessoa com a condição, além de educar sobre tratamentos, aparelhos e tudo relacionado ao universo da diabetes. O projeto rendeu, inclusive, uma nova empreitada: a loja Biabética, e-commerce especializado em acessórios alegres e divertidos para pessoas com a condição.

 

+ NOTÍCIAS NO GRUPO NOVOMOMENTO WHATSAPP