Surfista flagra baleia perto da praia em Salvador

Piscinas de ondas para surf garantem competição mais justa para os atletas do esporte

Surfistas profissionais defendem que as Olimpíadas deveriam ser realizadas em ambientes controlados

O Brasil se emocionou nas últimas Olimpíadas, quando o surfista Gabriel Medina, promessa de medalha de ouro para o Brasil, saiu da disputa pois, durante a bateria das quartas de final, o mar não apresentou ondas suficientes para sua apresentação.

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“O atleta se prepara por meses para ter o melhor desempenho durante a competição e depende das condições do mar para apresentar seu trabalho. É injusto comparar dois atletas, em condições adversas”, afirma o campeão mundial de surf, Adriano de Souza, o Mineirinho. Ele é um dos sócios da Surf Center, primeiro clube com piscina de surf coberta e aquecida do mundo, que será inaugurado no segundo semestre, em Curitiba.

As piscinas de ondas proporcionam a evolução no esporte, pela prática constante, além de ser uma experiência incrível e muito emocionante. “Eu fiz o teste da primeira piscina de ondas, a Wave Garden, competi na piscina do Kelly Slater, na Califórnia, e já surfei na America Machine. Essas tecnologias conseguem reproduzir ondas perfeitas e contribuem muito para a prática e evolução no esporte”, afirma Adriano.

Para ele, a realização de competições em piscinas de ondas mostraria de fato a qualidade do surf de cada atleta. “Em piscinas de ondas, é possível reproduzir a mesma onda, com a mesma força, quantas vezes forem necessárias. Nas mesmas condições, seria mais justo a avaliação do desempenho dos atletas”, diz Adriano.

Nas Olimpíadas, os horários são fixos, com horários marcados para as baterias. Como avaliar o desempenho dos atletas se as condições são diferentes para cada surfista? “Não tem como ter a onda perfeita, todos os dias, nos mesmos horários. Mas na piscina de ondas sim!”, completa ele. Kelly Slater, um dos maiores surfistas da história, juntou-se aos campeões mundiais Gabriel Medina e Filipe Toledo, para defender a realização das competições olímpicas de surfe em piscinas de ondas.

Além de criar a onda perfeita e poder reproduzir a mesma onda quantas vezes for preciso, as piscinas de ondas proporcionam a evolução e prática no esporte. Como a onda é igual, é possível testar novas manobras, avaliar o que pode ser melhorado e criar novas oportunidades de se destacar no esporte.

Adriano destaca ainda a acessibilidade ao esporte com as piscinas de ondas. “Para quem mora longe da praia, ou para quem tem tempo curto de treino e não pode esperar a imprevisibilidade do mar, as piscinas de ondas oferecem constância na prática do esporte, e consequentemente, uma maior evolução”, afirma.

A  Surf Center tem como objetivo democratizar a prática do surf em todo o país, e acaba de lançar sua segunda unidade, que será construída em Ribeirão Preto, além da unidade Curitiba, que já está próxima da inauguração. O gerador de ondas GT3K da Surf Center é o primeiro 100% nacional no segmento de ondas artificiais dinâmicas com patente depositada. Com tecnologia inteligente, a flexibilidade permite criar diversos tipos de ondas, exclusivas para cada praticante, com custo de venda em média 1/3 menor do que os concorrentes pelo mundo e com custo operacional e de manutenção mais baixos, já que o mecanismo para a fabricação fica fora da água.

A expectativa da Surf Center é lançar mais de 20 novos clubes Surf Center até 2030 em diferentes cidades do país, como São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, entre outras, e todos os sócios poderão usufruir das ondas em qualquer uma das unidades da Surf Center pelo Brasil.

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