Com base na Proposta de Emenda à Constituição que tramita no Senado Federal, o vereador André Faganello (Podemos) apresentou na sessão da Câmara de Nova Odessa desta segunda-feira (14) o requerimento nº 245/2025, que solicita informações ao Poder Executivo sobre a adequação da carga horária dos profissionais de enfermagem da rede municipal de saúde para 30 horas semanais. O parlamentar aponta que diversas cidades já aderiram a jornada, incluindo a vizinha Americana.
“A redução da jornada de trabalho dos profissionais de enfermagem é uma reivindicação histórica da categoria e configura medida essencial à preservação da saúde física e mental desses trabalhadores”, destaca Faganello. Segundo o vereador, trata-se de um tema recorrente. “A administração municipal inclusive chegou a estudar (a possibilidade). Sem onerar muito a folha de pagamento”, sinalizou. O argumento é que as 44 horas semanais sobrecarregam os profissionais da Saúde pela insalubridade.
O requerimento questiona a Prefeitura de Nova Odessa se há estudos em andamento no município visando à redução da carga horária e, em caso positivo, qual o estágio atual das tratativas e a previsão para implementação. Caso a resposta seja negativa, Faganello solicita que sejam informados quais são os impedimentos administrativos, orçamentários ou legais que inviabilizam a adoção.
Ozempic aos ‘amigos do rei’
Durante a sessão, Faganello ainda discutiu requerimento no qual solicita informações da Prefeitura sobre a aquisição de medicamentos de alto custo. O parlamentar disse ter recebido denúncia anônima sobre uma compra pública feita na rede Drogão Popular, no valor de R$ 9.700,00, para medicamento Ozempic e um outro. Originalmente feito para tratamento de diabetes, o Ozempic é muito utilizado também por pessoas para emagrecer.
“A denúncia que recebemos é de que essa compra foi feita para uso pessoal de ‘amigos do rei'”, revelou Faganello, dando a entender que seria uma pessoa próxima do prefeito Cláudio Schooder-Leitinho (PSD). O vereador disse que vai apurar “a fundo”, inclusive ir pessoalmente na drogaria para solicitar cópia de nota fiscal e saber quem retirou o medicamento. Em seguida, o vereador disse que o caso pode ter relação com situação anterior.
De acordo com Faganello, a mesma pessoa que adquiriu o medicamento com dinheito público teria denunciado à Justiça o caso de suposto favorecimento na internação particular em UTI do ex-servidor municipal Divair Moreira, na gestão do prefeito Bill Vieira de Souza. “Quem levou o caso à Justiça pode estar usando medicamento particular (Ozempic) comprado com dinheiro público”, completou, sem dar nomes.
A reportagem do Novo Momento solicitou o posicionamento da Prefeitura, que respondeu o seguinte através de nota da Diretoria de Comunicação: “O requerimento será respondido ao vereador normalmente, dentro das normas e prazos legais, com todas as informações solicitadas”.