Protetores oculares que seu corpo não produz e você precisa conhecer

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Em um mundo onde nossos olhos estão constantemente expostos a telas, luz azul e radiação solar, poucos nutrientes são tão essenciais e ao mesmo tempo tão negligenciados quanto a luteína e a zeaxantina. Esses carotenoides, que nosso corpo não produz naturalmente, atuam como verdadeiros “óculos de sol internos”, filtrando os raios nocivos e protegendo a visão de danos cumulativos que podem levar a problemas irreversíveis.

 

A ciência já comprovou que tais substâncias se concentram especificamente na mácula, região central da retina responsável pela visão detalhada. Estudos demonstram que níveis adequados desses pigmentos maculares reduzem em até 43% o risco de degeneração macular relacionada à idade (DMRI), principal causa de cegueira irreversível em pessoas acima de 50 anos.

 

Além disso, pesquisas publicadas no Journal of Ophthalmology mostram que a suplementação diária com 10 mg de luteína e 2 mg de zeaxantina – doses equivalentes às encontradas em 1 kg de espinafre – pode melhorar significativamente a sensibilidade ao contraste e a recuperação do ofuscamento em motoristas idosos.

 

 Os benefícios vão além da proteção contra doenças oculares. Na era digital, onde o tempo médio diário diante de telas ultrapassa 8 horas, esses nutrientes atuam como um filtro natural contra a luz azul emitida por dispositivos eletrônicos. Dados do National Eye Institute revelam que eles absorvem até 90% dos comprimentos de onda nocivos, reduzindo a fadiga visual digital, sintoma que afeta 65% da população adulta urbanizada.

 

Protetores oculares que seu corpo não produz

 

O paradoxo é que, enquanto a necessidade desses nutrientes aumenta, nossa capacidade de obtê-los pela alimentação diminui. A luteína e a zeaxantina são encontradas principalmente em vegetais verde-escuros e gemas de ovos, mas estudos nutricionais mostram que menos de 10% da população consome quantidades adequadas desses alimentos regularmente. A biodisponibilidade desses compostos nos alimentos é ainda mais limitada por fatores como métodos de cocção e baixa absorção intestinal.

 

Para profissionais que necessitam de acuidade visual (como designers, motoristas e cirurgiões), idosos preocupados com a saúde ocular ou simplesmente quem passa longas horas diante de telas, a suplementação inteligente com os nutrientes pode ser a diferença entre enxergar o mundo com clareza ou através de um véu progressivo de degradação visual. Em um mundo que exige cada vez mais dos nossos olhos, talvez seja hora de dar a eles a proteção que merecem.

 

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