????? feio, mas funcional???, assim ficou conhecido o Renault Logan, lançado no Brasil em 2007. Mesmo com visual ultrapassado, o pequeno sedã emplacou 210 mil unidades em cinco anos, baseado em uma equação equilibrada entre preço, durabilidade e espaço. Com a próxima geração, a fabricante quer adicionar mais uma variável, a beleza, e manter o mesmo resultado, como se um parente chegasse no ???churrascão??? familiar de domingo trajando um terno bem ajustado e gravata.
De acordo com a fabricante, a transformação busca atender novas exigências da classe média brasileira, que está mais informada e exigente. Desenhada pelos alfaiates europeus da subsidiária Dacia, a costura da nova roupagem foi acompanhada de perto por Massimo Barbieri, chefe da Renault Design América Latina, para garantir que o modelos se ajustasse perfeitamente ao gosto local. ???A dianteira é totalmente específica para o Brasil???, afirmou.
A renovação atingiu 72% dos componentes da versão anterior, entre os itens mantidos estão o motor 1.6 l, de 106 cv, e a transmissão. O novo propulsor 1.0 l é o mesmo que equipa o Clio e desenvolve 80 cv, com consumo médio de 8,1 km/l (etanol) na cidade. Por dentro, o sedã de entrada também passou por uma reformulação, com novo painel, quadro de instrumentos, revestimentos e volantes de três raios. Segundo a Renault, o espaço interno – um dos pontos fortes da versão antiga – foi mantido, incluindo o porta-malas de 510 litros.
A transformação no visual foi tão drástica que o slogan publicitário será ???Acredite, é o Logan???. Mas a fabricante defende que o tripé responsável pelo sucesso da versão antiga não sofreu mudança e que o público alvo segue focado em famílias de classe média. Levando em consideração as diferenças, o preço não subiu tanto. A versão mais barata custará a partir de R$ 28.990 – cerca de R$ 1,5 mil a mais do que o cobrado atualmente, mas já com airbag duplo e freios ABS com distribuição eletrônica de força (EBD) de série.