Nasa afirma ter encontrado vida microbiana antiga em Marte
Um estudo publicado nesta quarta-feira (10) na revista Nature revela que o rover Perseverance, da NASA, pode ter encontrado um indício de vida passada em Marte.
A análise de uma amostra coletada no ano passado, em uma antiga formação rochosa no delta do rio seco Neretva Vallis, dentro da cratera Jezero, identificou o que a agência espacial classifica como uma “potencial bioassinatura” — um sinal químico ou estrutural que pode ter origem biológica, embora ainda exija mais dados para confirmação. A rocha analisada, batizada de “Cheyava Falls”, forneceu uma amostra chamada “Sapphire Canyon”, onde foram detectados compostos orgânicos de carbono, fósforo, enxofre e ferro oxidado.
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Segundo os cientistas, esse conjunto químico poderia ter sustentado microrganismos, caso eles tenham existido. “A identificação de uma potencial bioassinatura no Planeta Vermelho é uma descoberta sem precedentes e que pode mudar nossa compreensão de Marte”, afirmou Sean Duffy, administrador interino da NASA.
Os instrumentos do rover — PIXL e SHERLOC — encontraram padrões minerais característicos, apelidados de “manchas de leopardo”, compostos de vivianita (fosfato de ferro hidratado) e greigita (sulfeto de ferro). Esses minerais também aparecem na Terra em ambientes associados à decomposição de matéria orgânica e a atividades microbianas.
Apesar do entusiasmo, os pesquisadores destacam que processos não biológicos também podem ter gerado os minerais, embora o cenário geológico local não indique condições extremas de calor ou acidez que sustentem essa hipótese.
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