O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy começou nesta terça-feira (21) a cumprir sua pena de cinco anos de prisão por conspiração para arrecadar ilegalmente fundos da Líbia durante sua campanha eleitoral de 2007.
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Por volta das 4h15 (horário de Brasília), Sarkozy deixou sua casa em Paris rumo à prisão de La Santé, uma unidade de alta segurança. Segundo seu advogado, um pedido de liberdade já foi apresentado, e o ex-presidente pretende escrever sobre sua experiência na prisão.
A condenação marca um momento histórico: Sarkozy é o primeiro ex-líder francês a ser preso desde a Segunda Guerra Mundial, após o colaborador nazista Marechal Philippe Pétain.
Antes de ser levado, Sarkozy declarou ao jornal La Tribune Dimanche:
“Não tenho medo da prisão. Vou manter minha cabeça erguida, inclusive nos portões da prisão.”
Durante o deslocamento, ele reafirmou sua inocência em publicação na rede social X.
De acordo com o chefe do sistema prisional francês, Sebastien Cauwel, o ex-presidente ficará em isolamento.
O caso encerra uma longa batalha judicial envolvendo acusações de que a campanha de Sarkozy recebeu milhões em doações ilegais do então líder líbio Muammar Gaddafi, morto durante as revoltas da Primavera Árabe.
Embora tenha sido condenado por conspirar com assessores para organizar o esquema, Sarkozy foi absolvido de usar ou receber pessoalmente os valores. Ele afirma ser vítima de perseguição política e recorre da decisão — mas a sentença exige que permaneça preso enquanto o recurso é analisado.
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