do RAC – O sambista Helder Bittencourt Peruch, presidente do bloco carnavalesco Nem Sangue Nem Areia, da Vila Industrial, e idealizador do grupo Sinuca de Bico, morreu na manhã desta segunda-feira (9) em sua casa acometido por um mal súbito no dia seguinte em que comemorou 57 anos. Durante toda a vida, Helder do surdo, como era conhecido, lutou para preservar um dos nossos maiores patrimônios culturais, o samba.

Além de deixar o seu legado nas composições, promoveu a vinda de ícones do gênero à cidade. Casado, tem dois filhos e uma neta.  O corpo será enterrado terça-feira, às 8h30, no Cemitério Parque das Aleias, Alameda dos Flamboyants, localizado no Jardim das Palmeiras, em Campinas.

No palco, Bittencourt acompanhou diversos artistas que marcaram na história do samba. Durante as apresentações do Noite Ilustrada, bar que marcou época na cidade nos anos 80, Tonico’s Boteco, reduto atual do samba, tocou ao lado de Argemiro, Jovelina Pérola Negra, Monarco da Portela, Cristina Buarque, Jorginho do Império, Nelson Sargento, dona Ivone Lara, só para citar alguns. Também ampliou seu domínio musical para além das rodas ao montar os espetáculos O Palco dá Samba (em parceria com Ding Dong, em 1991), A Hora e a Vez do Samba (abertura com Moisés da Rocha, 1999) e 70 anos Sem Noel (2007).