O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou na última semana os resultados da Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, realizada pela instituição em 18 capitais. Esta pesquisa, calcada em parâmetros constitucionais, mensura mensalmente o custo de uma cesta de alimentos com 14 itens básicos.

Em abril, a Cesta Básica ficou mais cara em 17 das 18 capitais onde a pesquisa é realizada. A única capital onde o preço dos alimentos baixou foi Goiânia (-5,41%). As maiores altas foram registradas em Belo Horizonte (11,39%) e em Aracaju (5,41%).
Em abril, o custo da Cesta Básica apresentou um aumento de 1,82% no município de São Paulo e custou R$ 357,85. Com isso, São Paulo é a segunda capital do país com custo mais elevado para os alimentos básicos, atrás apenas de Porto Alegre. Na comparação com abril de 2013, o aumento foi de 3,94%. Desde o início do ano, os alimentos básicos já encareceram 9,35% em São Paulo.
Quase todos, isto é, 12 dos 13 itens que compõem a cesta paulistana, apresentaram elevação nos preços. A única exceção foi o tomate que apresentou redução de preço de (-9,32%). Os produtos que mais encareceram, em abril, foram: batata (26,09%), banana nanica (4,79%) e feijão carioquinha (4,62%).
Em abril, para adquirir a Cesta Básica, o trabalhador que recebe um Salário Mínimo precisou gastar 53,72% de seu salário líquido (salário menos impostos) e teve que trabalhar 108 horas e 44 minutos.
A partir dos preços básicos, o Dieese também apura o Salário Mínimo Necessário, ou seja, a remuneração mínima para que o trabalhador possa suprir os gastos de sua família com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transporte, higiene e lazer. Em abril, o Salário Mínimo Necessário ficou em R$ 3.019,07, ou seja, 4,17 vezes o piso nacional de R$ 724,00.