(Reuters) – O forte desempenho comercial da China em setembro pode reduzir as chances de uma agressiva ação de política monetária como um corte da taxa de juros, mas as perspectivas de um prolongado declínio do setor imobiliário sugerem que mais medidas ainda são necessárias para sustentar a economia.
Com as economias da zona do euro e do Japão patinando, uma recuperação nas exportações e importações da China é notícia bem-vinda para a economia mundial e para investidores cada vez mais preocupados com o crescimento global.
Mas economistas disseram que é cedo demais para dizer se o setor comercial da China virou a página, destacando que as importações inesperadamente boas do país no mês passado podem ser resultado de fatores extraordinários, como as fábricas aproveitarem a queda dos preços globais de commodities para reabastecer os estoques de minério de ferro, cobre e petróleo.
“Os dados de hoje não são tão boa notícia quanto aparentam”, disse o economista-chefe para China do Royal Bank of Scotland, Louis Kuijs.
“Eles sugerem que o crescimento das exportações da China estão se sustentando. Entretanto, a importante ressalva que vem dos detalhes dos dados de importação sugere que o crescimento da demanda na própria economia da China continua fraca.”
As exportações subiram 15,3 por cento em setembro contra o ano anterior, superando a expectativa em pesquisa da Reuters de aumento de 11,8 por cento e acelerando ante a alta de 9,4 por cento de agosto.