Se já não bastassem os altos impostos pelo uso da água, combustível e energia elétrica, o aumento do preço da carne bovina também vem dando dor de cabeça a comerciantes e consumidores do estado de São Paulo. De acordo com um estudo do Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais da universidade de Taubaté-SP, o preço do alimento subiu em média 5% em maio, na comparação com abril, e a previsão é que continue subindo nos próximos meses. Segundo pecuaristas, uma das ???responsáveis??? é a falta de chuva no pasto durante o período de estiagem (outono/inverno). Sem água no campo, o capim não cresce, o rebanho se alimenta mal, não se desenvolve, e o resultado disso é a diminuição da quantidade de carne no mercado e a disparada dos preços. No campo, a arroba do boi chegou a R$150. ?? o maior valor dos últimos 20 anos. Outra razão para o aumento é que os frigoríficos estão exportando mais, uma vez que a carne lá fora é vendida em dólar e a moeda americana se valorizou em relação ao real. Com isso a carne bovina subiu 23% no ano passado, e nos primeiros meses deste ano a alta acumulada já está em 1,43%. Mesmo com este cenário, alguns estabelecimentos conseguiram amenizar o impacto dos reajustes e manter os preços do rodízio atrativos aos clientes. As churrascarias O Matuto, localizadas em Campinas-SP aumentaram o preço do serviço em R$2,00. Essa mudança representa cerca de 4%, valor abaixo do aumento do preço da carne. ???Fizemos negociações em larga escala com nossos fornecedores em potencial, fato que nos ajudou a manter o rodízio acessível ao público???, explica Flávio Caumo, Supervisor Geral do Grupo O Matuto. ???Se colocarmos de um lado da balança todo o investimento realizado na variedade e na qualidade dos produtos, e do outro o aumento do preço do nosso rodízio, o custo benefício continua um dos melhores no mercado???, conclui.