Os gastos com consertos têm aumentado nos últimos meses. Isso é sinal de que a crise econômica torna o consumidor cauteloso e, consequentemente, mais afeito à manutenção de aparelhos eletrônicos, de roupas e, certamente, de automóveis. Os dados são da PCCV (Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista) realizada pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
Os números mostram que, enquanto as vendas de carros no estado de São Paulo caíram 16,2% em abril de 2015 na comparação com o mesmo mês do ano passado, as lojas de autopeças faturaram 2,5% a mais no mesmo período. Na capital, principal mercado consumidor do estado, as vendas de autopeças subiram quase 25% em abril, ante uma queda de 5% das vendas de veículos. De acordo com o presidente do Sincomercio (Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d???Oeste), Vitor Fernandes, esse comportamento deve se acentuar nos próximos meses. ???Apesar de boa parte do varejo sofrer com a crise econômica, quem lida com serviços de consertos e restaurações pode ter um segundo semestre positivo???, prevê. Nota metodológicaA PCCV utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Sefaz (Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo) e FecomercioSP.As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.