A diferença entre um estadista e um demagogo é
que este decide pensando nas próximas eleições,
enquanto aquele decide pensando nas próximas gerações.
Winston Churchill
Antes das eleições grupos organizados iniciam a luta encarniçada pelo poder e a busca de votos é regada de promessas de todas as matizes, -sendo que a maioria delas jamais serão cumpridas-, proliferam as portas das casas do povo indistintamente. A forma varia de eleição a eleição, porém o objeto é o mesmo. Sim todos querem o poder que por vezes, rejuvenesce, outrora envelhece e quando em quando enlouquece seus protagonistas e fiéis escudeiros. Seres iluminados não economizam fórmulas mágicas para se vencer as eleições através de planos de governos elaborados tal qual armadilhas dotadas de atraentes ilusões quase ao alcance dos eleitores ávidos a entrar no paraíso. Quem esta exercendo mandato e quer a todo custo permanecer usufruindo de tão nobre função e regalias, não se limitam em arrotar vantagens sobre os demais concorrentes. Usam e abusam de suas prerrogativas e da máquina que dizem administrar com a maior lisura e discernimento!? A política do toma-lá-dá-cá nos surpreende, adversários ferrenhos de outrora agora são vistos aos beijos e abraços dignos de amantes as escondidas. Sem nenhum pudor, melhor dizendo, vergonha após mudança de lado, esforçam-se para justificar sua conduta miserável e sua total falta de caráter, ética e bom censo. Importa ficar no poder, importa ser amigo do Rei. Mas, o que mais me assombra, é a benevolência em que são tratados e o porquê da compatibilidade em ano eleitoral. ?? evidente que não se trata de interesse unilateral, o interesse é bilateral. Ambos esperam receber alguma vantagem, mas quais? Senão a de permanecerem ou ampliarem seu poder e mordomias, e privilégios e “superioridade”, e contentamento tal qual celebridades globais!? A máxima maquiavélica é: “quando não de pode com o inimigo, una-se a ele”. Assim se caminha a humanidade. Aqueles que postulam tomar o poder não ficam muito atrás, fazem tudo o que outros concorrentes fazem e usam sua artilharia além da incompetência administrativa e vão direto as farpas pessoais ao ponto de atingir famílias e a honra de seus adversários. No meio dessa guerra esta o povo condescendente e pronto para exercer sua cidadania através do voto sem o critério do debate e sem a clareza da participação na hora de decidir pois, vencidos por marqueteiros e soberbos estrategistas, dobram-se a vontade do soberano candidato, mormente rico ou dotado de diplomas e títulos que o pobre trabalhador não pode vislumbrar em uma única vida. Contudo, eleições faz bem ao povo. Mesmo sem recursos (dinheiro), as operações deixam de ser secretas, ganham as ruas e chove ações de solidariedade e eclodem obras por toda parte, as portas das escolas, hospitais, gabinetes políticos antes fechados aos pobres mortais, milagrosamente se abrem as reivindicações e a felicidade pública. E assim o poder permanece para e com os mesmos… Nós aguardamos quase em vão o estouro da boiada. Quando, quando Deus quiser!
*Antes das eleições os candidatos tem muitos predicados,
mas é depois que se conhece o sujeito.
Rutra Larama
PAULO CESAR CASSIN