A violência na escola vira tema de encontro no Senac Americana

Brasil,

A violência na escola vira tema de encontro no Senac Americana

4 de outubro de 2014

Quais são as sementes da violência nas escolas?  Há algumas décadas, esse local era considerado seguro. Mas invadido pelos problemas sociais, a escola virou praça de guerra ao invés de favorecer a cultura de paz. Interessada em entender essa dicotomia, a educadora e pesquisadora Alzira Conceição Lima Araújo afirma que para se promover a educação de paz é necessário entender como palavras, gestos, atitudes, olhares e situações alimentam agressões e incentivam o descontrole, que leva educandos e educadores ao conflito.
            A especialista apresentou o resultado de suas pesquisas e da experiência de mais de 20 anos como professora na rede pública estadual em Franca, São Paulo, no Encontro Social, realizado hoje, 3, no Senac Americana, que teve como tema Educação para a Paz: uma questão de sensibilidade.            O evento reuniu diretores, gerentes, coordenadores, psicólogos, e técnicos de Centros de Referência da Assistência Social (Cras), representantes de instituições sociais e organizações não-governamentais (ONGs) e profissionais da área social das cidades de Americana, Santa Bárbara d´Oeste, Nova Odessa e Sumaré.            ???Em anos de trabalho, pude aprender que a conciliação é sempre melhor que a ameaça ou a punição. A intervenção sensata é melhor que um arroubo de autoritarismo. Para que haja paz na escola é preciso acreditar que a paz educa, assim como o exemplo e a constante formação do docente???, diz Alzira.            A professora recorre à obra Retórica das Paixões, de Aristóteles para afirmar que a paz está constantemente ameaçada nos espaços escolares, principalmente pelos discursos que circulam dentro deles. ???Nós, educadores, podemos por meio da escolha das palavras e da linguagem como um todo alimentar a guerra ou a paz???, afirma.            Recuperar a poesia perdida, o hábito de contar e ouvir histórias, a arte do diálogo, da perseverança, da confiança, do companheirismo e da parceria são caminhos práticos apontados pela professora para se resgatar o espaço escolar. ???Enfatizar a boniteza da alegria e da esperança, como nos ensina o grande educador Paulo Freire???, diz Alzira.            Para a professora, a educação para a paz exige a recuperação da sensibilidade adormecida, do sentimento de alteridade e do compromisso com a realidade cultural, política e social. ????? preciso comprometer-se com a vida e com os desafios de nosso século conturbado.???            A proposta do Encontro Social deste ano foi de refletir sobre a violência nas escolas sob um ponto de vista novo e ao mesmo tempo revelador. ???Analisar a cultura de paz nos coloca em contato com ações rotineiras, que podem ser geradores da violência. O Encontro Social permitiu um momento de troca de experiência e aprendizagem focadas na paz que desejamos para nosso ambiente escolar???, diz Sueli Miwa, gerente do Senac Americana.

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4 de outubro de 2014

Quais são as sementes da violência nas escolas?  Há algumas décadas, esse local era considerado seguro. Mas invadido pelos problemas sociais, a escola virou praça de guerra ao invés de favorecer a cultura de paz. Interessada em entender essa dicotomia, a educadora e pesquisadora Alzira Conceição Lima Araújo afirma que para se promover a educação de paz é necessário entender como palavras, gestos, atitudes, olhares e situações alimentam agressões e incentivam o descontrole, que leva educandos e educadores ao conflito.
            A especialista apresentou o resultado de suas pesquisas e da experiência de mais de 20 anos como professora na rede pública estadual em Franca, São Paulo, no Encontro Social, realizado hoje, 3, no Senac Americana, que teve como tema Educação para a Paz: uma questão de sensibilidade.            O evento reuniu diretores, gerentes, coordenadores, psicólogos, e técnicos de Centros de Referência da Assistência Social (Cras), representantes de instituições sociais e organizações não-governamentais (ONGs) e profissionais da área social das cidades de Americana, Santa Bárbara d´Oeste, Nova Odessa e Sumaré.            ???Em anos de trabalho, pude aprender que a conciliação é sempre melhor que a ameaça ou a punição. A intervenção sensata é melhor que um arroubo de autoritarismo. Para que haja paz na escola é preciso acreditar que a paz educa, assim como o exemplo e a constante formação do docente???, diz Alzira.            A professora recorre à obra Retórica das Paixões, de Aristóteles para afirmar que a paz está constantemente ameaçada nos espaços escolares, principalmente pelos discursos que circulam dentro deles. ???Nós, educadores, podemos por meio da escolha das palavras e da linguagem como um todo alimentar a guerra ou a paz???, afirma.            Recuperar a poesia perdida, o hábito de contar e ouvir histórias, a arte do diálogo, da perseverança, da confiança, do companheirismo e da parceria são caminhos práticos apontados pela professora para se resgatar o espaço escolar. ???Enfatizar a boniteza da alegria e da esperança, como nos ensina o grande educador Paulo Freire???, diz Alzira.            Para a professora, a educação para a paz exige a recuperação da sensibilidade adormecida, do sentimento de alteridade e do compromisso com a realidade cultural, política e social. ????? preciso comprometer-se com a vida e com os desafios de nosso século conturbado.???            A proposta do Encontro Social deste ano foi de refletir sobre a violência nas escolas sob um ponto de vista novo e ao mesmo tempo revelador. ???Analisar a cultura de paz nos coloca em contato com ações rotineiras, que podem ser geradores da violência. O Encontro Social permitiu um momento de troca de experiência e aprendizagem focadas na paz que desejamos para nosso ambiente escolar???, diz Sueli Miwa, gerente do Senac Americana.

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